Juan Roig, presidente do Conselho de Administração da Mercadona, que irá abrir a sua primeira loja no Canidelo (Vila Nova de Gaia), a 2 de julho, afirmou hoje na conferência de imprensa de resultados do retalhista, que Portugal poderá vir a ter entre 150 a 200 lojas no nosso país.
Sem avançar qual o ritmo de abertura/expansão, Roig admitiu, contudo, que “não será por falta de dinheiro que deixaremos de investir em Portugal”, depois de revelar que, desde 2016, a Mercadona já investiu 160 milhões de euros, sendo que só no ano passado (2018) foram 60 milhões.
De referir que, para o primeiro semestre de 2019, estão previstas 10 lojas, sendo que as primeiras quatro serão inauguradas já em julho.
Quanto ao plano de lojas anunciado para Portugal, o responsável máximo do maior retalhista alimentar de “nuestros hermanos”, utilizou, novamente, a mancha de azeite como exemplo, referindo que “a expansão dar-se-á como o azeite, começamos no Norte, continuaremos no Norte e expandiremos a nossa atividade para Sul”.
Certo é que das 150 a 200 lojas, 70 ficarão localizadas a Norte e as restantes irão ficar na região Centro e Sul, embora não tenha especificado onde.
Quanto à pergunta, porquê Porto, Roig foi claro e repetiu outra máxima: “não sou centralista”, ou melhor, sou “anti-centralista. Portugal é mais do que Lisboa, tal como Espanha é mais do que Madrid”.
A empresa que em Portugal adotará a denominação “Irmãdona”, ou seja, irmão da Mercadona, vai ao encontro das pretensões da administração do retalhista: “em Portugal somos uma empresa portuguesa com origens em Espanha”.
Roig adiantou ainda que “os trabalhadores portugueses são fenomenais e fomos muito bem acolhidos em Portugal”, fazendo, claramente, referência à reunião/audiência que a Mercadona teve com o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, para apresentação do projeto para o nosso país.
*o jornalista viajou para Valência a convite da Mercadona