O mercado português de produtos tecnológicos voltou a apresentar resultados negativos no segundo trimestre deste ano, com uma queda de 3%, para 527 milhões de euros. De acordo com os dados do índice GfK Temax, o segmento de Eletrodomésticos, porém, manteve-se positivo, assim como Telecomunicações.
Os dados agora divulgados revelam uma quebra de dois dígitos em valor (17%) na Eletrónica de Consumo, evolução para a qual muito contribuiu a performance das Televisões, que no primeiro trimestre do ano registaram uma diminuição de 12% nas vendas, menos 7 milhões de euros do que no período homólogo.
Ainda assim, segundo a GfK, “o mix de produto está melhor em termos de características. Exemplo disto são as TV’s com mais de 45 polegadas representarem já quase 35% em valor, as Smart TV’s mais de 55% e as Ultra HD 15%.
O segmento de Fotografia, por outro lado e apesar das quebras, continua a interessar os consumidores. “As câmaras com lente intermutável com sensor Full Frame apresentaram especial crescimento, bem como as Bridge (com OZ >=20x) nas Lentes Fixas”, refere a GfK.
Os Grandes Eletrodomésticos, e os aparelhos de encastre em particular, “estão a animar o mercado”, “depois de um primeiro trimestre lento”, revela ainda a empresa. A estes juntam-se ainda os frigoríficos, que “contribuíram para que os eletrodomésticos tivessem um ligeiro crescimento.”
Os Pequenos Eletrodomésticos, por sua vez, estagnaram no segundo trimestre do ano, no entanto, analisando o primeiro semestre vemos uma evolução positiva de 3%, “com desempenho muito bom do aquecimento e também dos aspiradores.”
Nas Tecnologias de Informação, o segundo trimestre de 2015 “foi marcado por uma recuperação, ainda que ligeira, face ao período homólogo. O sector da Informática caiu 11% em valor. Com os tablets a continuarem a registar uma tendência negativa, são os PC’s portáteis o produto que vai contrariando a tendência negativa. Estes dois produtos continuam a ser os mais importantes para este sector, pois juntos perfazem cerca de 75% em valor”, indica a GfK.
Telecomunicações mais uma vez foi o que apresentou os melhores resultados no segundo trimestre do ano, com um crescimento de 7% para um total de 159 milhões de euros. No final do semestre, o segmento tinha já crescido 28% em valor.
