Hugo de Geest, presidente da Comissão executiva da Makro Portugal começou por apresentar o desempenho no nosso país dizendo que durante o ano passado as vendas foram superiores a 400 milhões de euros, e que o Grupo conta com 11 lojas, 1500 funcionários, mais de 25 mil artigos, 1500 fornecedores e tem um investimento acumulado em Portugal de mais de 200 milhões de euros.
O responsável acrescentou ainda que têm um posicionamento único no mercado porque “trabalham com três segmentos diferentes de clientes” e que nesta nova estratégia que estão a adotar “passamos de vender o que compramos, para comprarmos o que vendemos”, ou seja, há que conhecer bem o cliente e quais são as suas necessidades reais.
A nova estratégia para além de passar por um conhecimento profundo do cliente vai ainda focar-se nos preços. A Makro quer crescer no nosso país e para isso precisa de ganhar a “perceção no mercado de ter preços competitivos e soluções individuais para cada clientes”, como reforçou Peter Gries, do conselho de Administração do Grupo.
Outro eixo da estratégia assenta nas promoções, “falar a linguagem dos clientes, à medida e ao tipo de negócios e clientes”, assente também na excelência do serviço de entregas, uma vez que quase 10% da faturação vem deste serviço, que apenas foi apresentado o ano passado”, reforçou este responsável.
Por último, a aposta numa força de vendas mais presente que permitirá ao grupo “acelerar as vendas e fidelizar os clientes através de uma abordagem um a um”.
Estas três variáveis combinadas das lojas, serviço de entregas e força de vendas, “estamos convencidos que vão permitir aumentar a quota e competitividade da Makro no mercado português, conclui Peter Gries.
Quando questionado sobre a possibilidade de abrirem novas lojas, Hugo de Geest fez saber que não está nos planos do Grupo, no entanto, a Makro tem como objetivo chegar a uma quota de marcas próprias de 25%. Quanto a passarem a ter um serviço de aconselhamento do comércio de proximidade, ao género dos agora apresentados pela Jerónimo Martins e Sonae, Hugo de Gees, deixou no ar a intenção de enveredarem nesse caminho, “mas apenas quando tiverem sido capazes de encontrar uma proposta válida e que se mostre uma mais-valia para o mercado”.