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Retalho

LetterOne vê OPA ao Dia aprovada

DIA

A Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) autorizou a aquisição do Dia – que em Portugal opera a insígnia Minipreço – pela LetterOne, numa operação que avalia o grupo retalhista espanhol em 417 milhões de euros, ou 0,67 euros por ação.

Embora o regulador reconheça que esse preço é “não justo”, não é “exequível” que Mikhail Fridman pague o preço mais alto pelo qual comprou ações no ano passado, por ser “uma aquisição voluntária”. As ações do Dia encerraram esta quinta-feira em 63 cêntimos, 6% abaixo do preço da oferta pública de aquisição.

 

LetterOne vê OPA ao Dia aprovadaAliás, desde que a LetterOne anunciou publicamente sua intenção de lançar uma oferta no dia 5 de fevereiro, os títulos do Dia só por cinco sessões foram transacionados acima dos 0,67 euros oferecidos por Fridman, continuando a ser negociados abaixo do valor até hoje.

“A eficácia da transação está condicionada à aceitação por um número mínimo de 220,9 milhões de ações representativas de 35,5% do capital e 50% das ações a que se dirige a oferta (71%) e que não sejam emitidas mais ações ou outros instrumentos conversíveis ou permutáveis em ações até que o período de aceitação da oferta termine”, diz o comunicado da CNVM publicado no site.

 

Esta decisão do órgão presidido por Sebastián Albella decorre uma semana após a realização da Assembleia-geral do Dia na qual a LetterOne Retail conseguiu realizar o seu aumento de capital, no valor de 500 milhões de euros, com o apoio de 37% do capital.

Entre as decisões do investidor russo está a venda do negócio de perfumaria “Clarel” e das lojas “Max Discount”, pelas quais espera receber cerca de 100 milhões de euros, planeando investor esse valor no plano de transformação e não para o pagamento de dívida como a atual administração tinha negociado com a banca.

 

Além disso, Fridman pretende fechar 258 lojas próprias “Dia Market” e “Dia Maxi”, garantindo, contudo, que “não pretende fechar nenhum outro estabelecimento”, apesar de “reavaliar as lojas e implementar uma gestão ativa das localizações da mesma”, o que, naturalmente, “pode ter como consequência a abertura e encerramento de lojas”.

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