Composto por um grupo de oito fundadores, a iniciativa partiu de uma ideia de Rui Rosa Dias, docente do IPAM – The Marketing School e especialista em marketing e economia agroalimentar, Catarina Domingos e Joana Afonso, marketeers, e Lurdes Madureira, professora do primeiro ciclo, que têm em comum o gosto pela agricultura, pela natureza e pela alimentação.
Os fundadores convidaram quatro figuras da região – o empresário Manuel Serrão, o chef Álvaro Dinis, o professor Daniel Sá, diretor do IPAM Porto, e o jornalista Paulo Ferreira – para dar corpo a este movimento originalmente criado em Itália e que pretende ser uma voz ativa na agricultura e no comportamento de consumo do Norte.
“Numa época em que a marca e o preço de um produto são os principais critérios de compra do consumidor, o “Slow Food Porto” pretende notar que existem mais benefícios se a opção recair em três pilares: ser bom (saber bem, ter qualidade e contribuir para a saúde); ser limpo (respeitar a biodiversidade e o ambiente); e ter um preço justo para produtor e consumidor”, refere o IPAM.
O Slow Food Porto quer assumir-se como um núcleo do movimento internacional, totalmente urbano e levar, assim, até à cidade, as vivências próprias da atividade mais rural, em prol de uma valorização mais equitativa da cadeia de valor. Representando 18 concelhos do distrito, a iniciativa conta já com quase uma centena de membros e entidades associadas, entre as quais se encontram a Nieeport, Cantinho das Aromáticas, 1000 Paladares, Casa de Mouraz, Soundwich e Cor da Tangerina. A curto prazo, o projeto espera reunir 500 associados e recuperar o conceito de petisco, disponibilizando-o nos parceiros do movimento.