De acordo com o mesmo estudo, até 2017, as receitas provenientes da economia da Internet móvel terão crescido cerca de de 1,3 biliões de euros [$1.55 trillion] nestes 13 países, um crescimento anual de 23%.
Na Índia, por exemplo, as receitas estão a crescer 40% ao ano e na China e Brasil, a taxa de crescimento anual é de 25% (semelhante aos valores dos Estados Unidos e da UE5). Até nos mercados mais maduros deste setor, como o Japão ou a Coreia do Sul, as receitas da economia da Internet móvel estão a crescer 10% ao ano, um número muito mais rápido que o PIB global.
O relatório da BCG, encomendado pela Google, examina o impacto económico da economia digital relacionada com os aparelhos móveis (como os smartphones e os tablets) e exclui a atividade económica gerada pelo setor da tecnologia móvel, como as receitas geradas através de chamadas entre telemóveis, mensagens de texto, o fabrico de aparelhos que não estão ligados à Internet e as despesas de capital para as atividades não digitais nas redes móveis.
José Ferreira, Líder de Projeto da BCG e responsável pela área de IT, sublinha a importância do setor da Internet móvel para a competitividade das economias à escala global: “É claro o impacto direto e positivo na criação de postos de trabalho, no investimento e no consumo, assim como o impacto indireto na produtividade, empreendedorismo e fluxo de informação. Todos estes fatores contribuem de forma positiva para impulsionar o crescimento do PIB mundial.”
“No estudo da BCG à escala europeia, a tendência era já muito clara. Quando analisamos os dados à escala mundial, concluímos que a Internet móvel é o crucial como motor das economias. É indispensável que a gestão das empresas de topo em Portugal, e à escala global, tenham em conta estes dados no planeamento estratégico das organizações”, acrescenta José Ferreira.
Os 13 países analisados neste estudo da BCG são Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. À semelhança do estudo divulgado pela BCG no final de 2014 sobre a UE5, os grandes responsáveis pelo crescimento das receitas da economia da Internet móvel vão ser as aplicações móveis, os conteúdos e a componente de serviços do ecossistema, impulsionados pela rápida expansão das compras e publicidade online.