A primeira edição do inRetail Congress – “Retail in Montion & Interactions for Better Results” provoca, até agora, uma expectativa comum nos vários atores que nela participam: “que seja um espaço de discussão e partilha de ideias para que o retalho encontre novas soluções para os desafios futuros”. Esta é a principal ideia partilhada à DISTRIBUIÇÃO HOJE, quando contactados para exprimirem a sua opinião relativamente ao evento.
O certame realiza-se no dia 22 de novembro, no Vip Grand Lisboa Hotel, e tem como principal alvo profissionais no ramo da indústria do retalho e distribuição. Será, por isso, um congresso que contará, entre muitos outros, com temas como a “Evolução de Espaços e Conceitos”, a “Criação de Experiências de Compra”, a “Integração com o Consumidor”, a “Multicanalidade e a e-Revolution” e as “Estratégias e Oportunidades de Internacionalização”. O inRetail Congress terá ainda vários painéis de especialistas e experiências nacionais e internacionais, para que os profissionais possam “agarrar” em casos práticos e, daí, recolherem exemplos para os seus negócios.
Referir, também, que este evento é uma iniciativa organizada pela International Faculty for Executives (IFE), em colaboração com a revista DISTRIBUIÇÃO HOJE e o INV – Instituto de Negociação e Vendas. O congresso conta ainda com o apoio da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e do Instituto de Informação em Franchising (IIF).
As propostas dos participantes
A DISTRIBUIÇÃO HOJE consultou alguns participantes do inRetail Congress para perceber, de forma detalhada, o que vão apresentar no evento do próximo dia 22. Shamil Indrakumar, da Unicre, foi um dos que acedeu a divulgar os planos da sua empresa para o certame. “O aprofundamento das relações com um setor estratégico, como o do comércio nacional e o reforço da divulgação das soluções de pagamento da Redunicre, que são hoje diferenciadas e adequadas a cada tipo de canal de distribuição, são algumas das nossas propostas”, divulgou. Ainda no mesmo discurso, Indrakumar reforçou a importância das soluções de pagamento da Redunicre, “nomeadamente no e-commerce, já que contribuem para a modernização do setor e para o crescimento das vendas através da disponibilização de mais comodidade para o consumidor e mais segurança para o comerciante”.
Também com um plano na calha estará a Jerónimo Martins. David Lopes, diretor-geral da Recheio, diz isso mesmo. “Iremos apresentar o projeto «Amanhecer». Trata-se de perceber de que forma é possível reinventar o comércio tradicional e de proximidade, juntando o melhor de dois mundos: o serviço, a personalização e o afeto, e as boas práticas e técnicas de gestão”.
Ludovic Reysset, diretor da Danone, quer alterar a relação loja/produto. Para este profissional, é necessário que as montras deem mais relevância ao produto, sendo que o espaço deve ficar para segundo plano. “Deve-se dar mais importância ao produto e menos às lojas. Devemos, a todo o custo, destacar aquilo que comercializamos. Em Espanha e França já temos uma estratégia que se chama «Black Shelf», e que se baseia num jogo de luzes LED que incide no produto. Em Portugal, esta tecnologia vai ser implementada pela Sonae”, adianta. Além da apresentação do novo jogo de luzes, a Danone pretende “partilhar com os participantes a visão para o futuro e revelar alguns caminhos que podem ajudar as empresas a cumprir os seus objetivos”, acrescentou.
A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), por intermédio do seu secretário-geral, Pedro Teixeira, revelou os seus planos. “Estamos inseridos no painel que aborda a «Reconversão e Urbanismo Comercial». A nossa perspetiva é de que estas soluções assumem, atualmente, uma importância decisiva no futuro do retalho em Portugal. Há década e meia que a APCC promove uma discussão aberta e frontal sobre estes temas que, continuamos a acreditar, são a chave do sucesso”, lembra.
“Um espaço privilegiado de reflexão”
Para Pedro Teixeira este é um evento que abre novas janelas para uma discussão abrangente em todo o setor, colmatando, assim, algo inexistente até à data. “Entendemos que este congresso irá ocupar um território de reflexão até agora inexplorado, ainda para mais com esta abrangência. Esperamos que o evento seja bem-sucedido e tenha continuidade”.
A mesma opinião é partilhada por Ludovic Reysset, que vê no inRetail Congress uma grande oportunidade para os que estão envolvidos nesta área. “Espero que haja uma troca positiva de ideias, onde os atores possam, em conjunto, desenvolver estratégias que beneficiem o futuro do setor. Atravessamos uma grave crise e, nesse sentido, temos de encontrar ferramentas que combatam, de forma eficaz, esta conjuntura negativa”, projeta o diretor da Danone.
David Lopes, da Jerónimo Martins, também se agarra aos denominados “novos problemas”, para justificar as sua expectativas. “Que seja um debate que inspire todos os participantes na procura e na adoção de novas soluções para problemas que, também eles, são novos”.
Shamil Indrakumar, responsável da Unicre, apela à troca de experiências e conhecimentos para que o evento seja um sucesso. “Que seja um espaço de encontro com um dos nossos principais parceiros de negócio – o comércio em geral e o setor da grande distribuição em particular – no qual se troquem experiências e conhecimentos sobre os contributos que cada parceiro pode aportar para os respetivos negócios”, finaliza.
Insights para 2012 – Três perguntas a Henry Manson, Head of Research & Analysis da Trendwatching.com
O que pode esperar a audiência do inRetail Congress da keynote da Trendwatching.org?A minha apresentação irá dar aos profissionais da distribuição e retalho uma visão geral das principais mudanças de comportamento do consumidor para além de uma série de insights sobre as principais tendências que devem de estar no “radar” dos líderes do retalho em 2012. A apresentação será repleta de casos práticos e estou certo que a audiência do inRetail sairá do evento com novas ideias de como “encantar” o consumidor e, ao mesmo tempo, fazer crescer o seu negócios nos próximos meses e anos.
Numa frase, como será o futuro próximo do Retalho?
O futuro do retalho será baseado na real compreensão daquilo que impulsiona os consumidores, e do que realmente estes querem. Essa informação aliada a novas técnicas e novas tecnologias irá permitir responder às necessidades de consumo destes com maior eficácia.
Como é que a Trendwatching.com contribuiu para se saber as tendências certas no Retalho?
Através dos relatórios dos nossos mais de mil trend spotters espalhados pelo globo sabemos o que é mais recente nas tendências de consumo. Recebemos os seus relatórios que analisamos com base nos nossos parâmetros de tendências. Quando recebemos essas insights refletimos sempre sobre o que está a acontecer e por que razão as pessoas gostam disto ou daquilo. Mas porque o resultado desses dados são num contexto amplo do consumo e do consumidor conseguimos descobrir tendências e inovações que quase todos os profissionais de negócios podem aplicar, não importa qual a região ou setor onde trabalham.