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Logística

Mercado do imobiliário retalhista e logístico continua em rota de crescimento

Mercado do imobiliário retalhista e logístico continua em rota de crescimento

O mercado imobiliário português abrandou no primeiro semestre de 2023, interrompendo uma tendência de crescimento que vinha sendo verificada ao longo de 2022. No entanto, quando se analisa o imobiliário de industrial & logística e o de retalho, estes continuam em rota ascendente. A conclusão é do mais recente Portugal Market Pulse da JLL.

A atividade no setor do retalho evoluiu positivamente em praticamente todos os formatos, com os segmentos dos centros comerciais e do comércio de rua a liderarem em termos de subida de rendas.

 

“Com os operadores a prosseguirem os seus planos de expansão, é evidente uma reorganização no comércio de rua de Lisboa e Porto, onde os diferentes eixos concentram focos de comércio cada vez mais segmentados”; nota o relatório.

A atividade no setor de centros comerciais superou o período homólogo, com vários espaços a ajustar os valores das rendas em função das atuais taxas de inflação sem que isso tenha tido reflexos negativos no desempenho dos seus ocupantes. A atividade também evoluiu de forma robusta nos setores dos retail parks e do retalho alimentar.

 

No comércio de rua em Lisboa, a procura está cada vez mais preocupada em garantir uma localização prime, atribuindo importância acrescida à visibilidade e à acessibilidade das suas lojas. O Chiado e a avenida da Liberdade são os destinos mais concorridos pelos operadores no setor da moda, exibindo subidas das rendas no 2º trimestre.

A retoma do turismo e o sucesso recente da reabilitação do Mercado Bolhão estão a beneficiar fortemente o comércio de rua no centro do Porto. “Simultaneamente, sente-se um dinamismo renovado noutras zonas com forte perfil residencial, onde têm vindo a ser integrados novos conceitos voltados para um comércio de conveniência, orientados para responder às recentes alterações nos hábitos de consumo”, nota o relatório.

 

Zonas como a Boavista estão a assistir a um renascimento do comércio de rua. Já a avenida dos Aliados está a consolidar-se como um destino cada vez mais disputado para as marcas premium.

No segundo trimestre a renda prime evoluiu positivamente no comércio de rua de Lisboa e Porto, atingindo, respetivamente, os 135€/m²/mês no Chiado e 75€/m²/mês na rua de Santa Catarina, bem como no formato dos centros comerciais, para os atuais 125€/m²/mês. Os valores de referência mantiveram-se estabilizados em 13€/m²/mês no caso dos supermercados e nos 12€/m²/mês para os retail parks.

Ocupação logística
 

Entretanto, a ocupação praticamente que duplicou no mercado industrial e logístico, atingindo os 308 000 metros quadrados no primeiro semestre. O crescimento foi de 93%, em termos homólogos. O 1º trimestre foi o mais dinâmico, com mais de 50% da ocupação.

A maior fatia (43%) da ocupação aconteceu na região de Lisboa, que quase que transacionou mais do dobro da área ocupada na região do Porto (25% do total nacional). Os outros 32% distribuíram-se pelo restante do país, sendo, contudo, de salientar o dinamismo observado na região centro, que captou 21% da área ocupada no semestre.

“Apesar do crescimento na ocupação de espaços, o desajuste entre a oferta disponível de espaço de qualidade e a procura latente continua a ser significativo, fazendo com que muita da ocupação potencial continue por satisfazer. Isto continua a sustentar o investimento na requalificação e expansão do stock, contabilizando-se atualmente mais de 700 000 metros quadros em construção”, pode ler-se.

Após as subidas observadas no primeiro trimestre, as rendas prime mantiveram-se estabilizadas no segundo trimestre, atingindo o seu pico de 6,25€/m²/mês praticados nas zonas de Carnaxide-Alfragide e Lisboa Cidade.

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