O mercado de bens em segunda mão é um dos eixos em que muitos retalhistas têm vindo a apostar durante os últimos anos. Sendo um mercado para o qual o consumidor está crescentemente a olhar, retalhistas como a H&M estão atentos à ‘moda’, mas fazem também cada vez mais esforços para baixar a sua pegada ambiental.
Sendo uma das indústrias que maior impacto causa sobre o planeta, a retalhista sueca anunciou durante os últimos dias uma Joint-Venture com o grupo de reciclagem Remondis, sendo que desta parceria nascerá a Looper Textile.
De acordo com o explicado, desta forma a H&M estima conseguir prolongar a vida de 40 milhões de items de vestuário já em 2024, sendo que além de promover a revenda, por exemplo, de têxteis reciclados, a Looper “testará novos esquemas de coleta e implementará tecnologias de classificação automatizada, incluindo o que descreve como ‘classificação por infravermelho próximo’”.
A gestão desta nova empresa ficará a cargo Emily Bolon, diretora comercial, consultiva e de parcerias estratégicas do H&M Group, que atuará como diretora executiva.
“Hoje, menos de 40% das roupas usadas são coletadas na UE. Consequentemente, 60% dos têxteis pós-consumo vão diretamente para o lixo. Ao construir infraestrutura e soluções para coleta e triagem, esperamos dar um passo mais perto de possibilitar a circularidade, minimizando assim o impacto do CO² e melhorando a eficiência dos recursos”, afirmou Bolon.
De relembrar que um relatório da Bloomberg de 2022 explicou indústria da moda produz mais de 100 mil milhões de itens de vestuário todos os anos, um valor que, face a 2000, é mais do dobro. Para além disso, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a indústria de vestuário é, atualmente, o segundo maior consumidor de água em todo o planeta, sendo igualmente responsável por cerca de 10% das emissões globais de carbono