As empresas de distribuição têm vindo a defender que o novo decreto-lei as obriga a assumir responsabilidades acrescidas por situações que não são da sua responsabilidade direta, o que as pode levar a procurar preços mais competitivos no estrangeiro, em detrimento da produção nacional.
Ao jornal I, Ana Isabel Trigo Morais, Diretora-Geral da APED, referiu que “o nosso objetivo é conseguir preços mais competitivos para o consumidor final. Se deixarmos de o poder fazer em Portugal porque a legislação nos proíbe de negociar livremente, naturalmente que o faremos noutros mercados. Não se trata de não apoiar o que é nacional, mas sim de preservar os interesses dos nossos clientes finais, ou seja, dos consumidores.”
O novo diploma, que entrará em vigor em fevereiro, restringe os descontos nos produtos agroalimentares por poderem representar vendas com prejuízo para os produtores e obriga os distribuidores e os fornecedores a renegociarem todos os contratos até fevereiro do próximo ano.