De acordo o Eurozone Forecast, o endividamento das empresas continua a ser elevado e as taxas de juro dos novos empréstimos estão entre as mais altas da periferia da Europa, apesar da melhoria nos últimos meses. Assim, estima-se um crescimento do investimento em Portugal de cerca de 2,5% por ano entre 2014 e 2018, em contraciclo com a maioria dos países da Zona Euro, e um crescimento do consumo de 1% por ano.
O estudo da EY revela ainda que a Zona Euro deverá crescer 1,1% este ano, após dois anos de queda do PIB. Para 2015, a estimativa é de um crescimento de 1,5%, a que se seguirá uma aceleração entre 2016 e 2018.
Tom Rogers, assessor económico sénior do EEF, refere que “os recentes desenvolvimentos na Zona Euro indiciam uma recuperação gradual, mas que continua a ser divergente entre Estados-membros. Os países que se esforçaram mais para melhorar a competitividade começam a colher os frutos, mas outros continuam atrasados. E continuamos preocupados com a fraqueza do crescimento dos preços e com o risco de que choques internos ou externos possam empurrar a zona euro para um período de deflação prejudicial. As medidas recentes do BCE demonstram que tem a capacidade de agir, sendo importante a sua intenção de concentrar todo o programa de quantitative easing diretamente sobre a dívida de empresas não financeiras”.
Segundo o relatório, Grécia e Itália estarão entre as economias mais fracas da Zona Euro, juntamente com Chipre e a Finlândia. Por outro lado, estima-se para 2014 uma aceleração significativa do crescimento do PIB em Portugal e em Espanha, à medida que as reformas implementadas ao longo dos últimos anos começam a dar frutos. “Embora o crescimento do PIB nestes dois países fique próximo da média da Zona Euro, ambas as economias tendem a superar algumas das economias mais fracas do centro, como a França e a Holanda, que têm sido lentos a resolver seus problemas económicos fundamentais”, continua o estudo.
Por fim, o EEF estima que em 2014 o volume de exportação da Zona Euro cresça 3,5%, voltando a crescer 3,8% em 2015, suportado pelo aumento da procura global.