No seu entender, quais são os destaques principais da edição deste ano?
Estamos muito animados por acolher os delegados em Londres. Esta é a primeira vez que a cidade recebe o World Retail Congress (WRC) que foi determinada pela escolha e opinião dos retalhistas. Com Londres a receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos não há melhor momento que este para os retalhistas visitarem a capital britânica. Existem tantas novas lojas que abriram este ano e muitas outras que se desenvolveram e renovaram. A experiência do retalho em Londres é verdadeiramente de classe mundial. Falando do WRC mais propriamente, acredito que temos um dos programas mais fortes dos últimos anos, serão mais 120 oradores, entre os quais, Philip Clarke, CEO da Tesco, Steve Sadove, presidente e CEO da Saks, Drexler Mickey, Presidente e CEO da J. Crew e Hugo Bethlem, SVP do Grupo Pão de Açúcar. Todos eles irão abordar temas muito importantes que afetam os retalhistas atualmente. As discussões e debates que irão decorrer durante o WRC serão extremamente valiosas para todos os delegados neste tempo de grande rapidez e mudança no setor do retalho.
A Europa passa por um período económico muito difícil. Como é que esta edição do WRC pode contribuir para apontar novos caminhos de crescimento aos retalhistas?
Não há dúvida de que a Europa está a enfrentar um grande e muito especial desafio económico que se iniciou em 2008, ou antes até. Mas os retalhistas não podem baixar os braços e nada fazer. As condições económicas estão a mudar o mercado por completo com o modo como os consumidores se estão a comportar. O objetivo do WRC é o de reunir várias empresas que estão dispostas a partilhar ideias e experiências a partir das quais todos podem aprender, discutir e debater. Há tantas mudanças a ocorrer atualmente no retalho, e em todo o mundo, que um fórum como o WRC é fundamental para destacar novas estratégias de crescimento.
Na edição do ano passado, que ocorreu em Berlim, na Alemanha, a multicanalidade foi muito discutida nos vários painéis. Este ano sera um tema ao qua los oradores e conferencistas irão voltar, ou existirão outros temas que espera que tomem o palco do WRC?
O multicanal é tão importante para o retalho e que espero que seja um tema dominante este ano no World Retail Congress. Mas é também uma área em rápida evolução. Se no ano passado vimos um foco no comércio móvel, imagino que este ano esse foco seja ainda maior. A adoção dos smartphones como ferramenta de compras ou de informação é um fenómeno real que necessita ser compreendido pelas marcas e pelos retalhos. Acho, no entanto, que haverá outros temas importantes nesta edição de Londres, tal como o fato do e-commerce estar a crescer e está a obrigar algumas lojas e negócios a fechar, estou à espera de uma valiosa discussão sobre este assunto. A internacionalização é também outro dos assuntos fortes da agenda deste ano, sobretudo porque é a forma que muitos retalhistas de mercados já maduros conseguem encontrar formas de crescimento sustentável.
Porque será importante para os retalhistas portugueses marcarem presença na edição deste ano do WRC?
Sei que Portugal, tal como muitas outras economias europeias, está em condições económicas difíceis, mas tal como disse anteriormente, todos os retalhistas sabem que, enquanto há pouco a fazer pelas conduções macro económicas, eles podem auto adotar estratégias para se tornarem mais eficientes, competitivos e inovadores que os seus rivais. Ao participarem no WRC 2012 todos os retalhista, independentemente do país de origem, irão aprender muito. É uma plataforma fantástica para fazer networking. É refletir um pouco naquilo que os retalhistas querem melhorar nos seus negócios e procurar repostas. Haverá um grande número de relatórios e estudos divulgados durante o Congresso que os delegados terão acesso.
Quantos delegados esperam ter este ano?
Pelas nossas previsões iremos ter cerca de mil participantes, o que é uma excelente notícia dado o clima económico difícil.
A edição de 2013 será igualmente realizada em Londres
Iremos anunciar a data e o local da edição de 2013 no último dia do Congresso.
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