Um artigo recentemente divulgado pela XChannel, empresa de consultoria especializada em marketing cross-channel e marketplaces, publicado pela revista InfoRetail, dá pista sobre como triunfar numa era em que o e-commerce e os marketplaces são crescentemente procurados pelos consumidores.
Vistos como plataformas que prolongam para lá do espaço físico a experiência do cliente, estes dois ‘ambientes’ devem ser explorados com atenção a diversas dinâmicas, desde as entregas ao serviço a cliente.
Neste sentido, a consultora acima citada lembra os 10 mandamentos ou tendências que devem ser respeitados ou observados por todos os responsáveis por sites de comércio digital ou por plataformas multimarca em ambiente online.
- Alterações nas políticas de envio e devolução: Depois de um período de crescimento das vendas através de canais online, em que o consumidor exigia entregas gratuitas, com a estabilização do segmento, defende a consultora que os retalhistas devem repensar a sua estratégia de entregas e devoluções sem custos.
- Manutenção de stocks: A inflação e a crise de abastecimento deram renovada importância à gestão da cadeia de abastecimento. Para evitar problemas de abastecimento e consequente perda de clientes ou custos adicionais, os retalhistas devem estar muito atentos à forma como evolui o seu stock .
- ‘Social Listening’: As críticas positivas têm impacto direto nas vendas da marca, já que os internautas consultam cerca de 450 mil avaliações diariamente, lembra a consultora. Por isso, apostar em uma estratégia sólida neste particular será fundamental para um retalhista se diferenciar da concorrência.
- Presença em marketplaces: De acordo com o ‘Annual Marketplaces 2022 Spain Study’ realizado pela Tandem Up, 100% dos compradores online espanhóis fizeram compras num marketplace durante o ano de 2022. É esperado que nos próximos meses e anos o número de marcas com presença nestes canais continue a aumentar.
- Expansão: De acordo com o ‘Business Behavior Report’ da Hubbo, seis em cada dez empresas de e-commerce no país vizinho pretendem expandir-se internacionalmente em 2023. O crescimento para lá do mercado de origem pode ser a estratégia certa para alcançar escalabilidade.
- Artigos em segunda mão: A venda de itens usados e recondicionados é uma inegável tendência. O consumidor está mais recetivo a esta dinâmica, sendo que os retalhistas devem tornar esta uma opção de venda cada vez mais relevante no que é o desenhar da sua ofertas. Muitas marcas estão a modificar as suas estratégias, lançando novas linhas de negócio relacionadas com este tipo de bens.
- Flexibilidade na hora de pagar: Dada a atual situação económica, será necessário oferecer opções de pagamento cada vez mais amplas, desde que sejam claras e ofereçam garantias e confiança.
- Metaverso: O metaverso deixou de ser uma tendência para ser uma realidade. E há grandes marcas a lançar coleções para os utilizadores adquirirem itens para os seus avatares virtuais Este já não é um ‘mundo de que se possa fugir’ .
- Cookieless: Os cookies possibilitaram obter informações dos utilizadores e segmentá-los por públicos, mas há grandes mudanças a chegar, e essas mudanças impactarão diretamente nas estratégias de marketing dos retalhistas ‘Murar’ os conteúdos é uma boa estratégia para continuar a recolher dados?
- Hiperpersonalização: A publicidade maciça já não chega aos consumidores e o marketing pensado como estratégia geral está a tornar-se cada vez mais detalhado. Perceber as preferências dos diversos tipos de consumidores, as experiências que procuram e comunicar incidindo diretamente sobre estes aspetos é a chave do sucesso num mundo cada vez mais digital.