Drayton Bird começou a sua palestra a defender que uma campanha de Marketing Direto bem-sucedida deve ter charme e dizer algo surpreendente e relevante para os consumidores, o que muitas vezes os profissionais do Marketing se esquecem de fazer, tornando-se “chatos” e “insistentes”.
Para o especialista em Marketing Direto, a maioria dos marketeers para além de não saberem o que é o Marketing Direto, também não sabem medir os resultados das suas campanhas: “Uma empresa que não estuda e compreende totalmente os princípios do Marketing Direto está condenada a falhar. É como andar na rua vendado!”.
Bird acredita que o Marketing deve ser considerado um dos investimentos mais importantes numa organização, e não uma despesa, por isso, defende que é “inacreditável” e um ‘pecado mortal’ que a maioria dos marketeers (67%) não meçam o ROI e não se preocupem com o conhecimento científico e com a pesquisa. “Os marketeers têm de estar constantemente a medir resultados, mas a maioria das empresas não o faz”.
Segundo Drayton Bird, os maiores pecados dos especialistas em Marketing são não testar a suas campanhas e focarem-se nas coisas erradas, quando o foco deve estar no posicionamento, no target, na criatividade, na pesquisa e nos testes.
Nos últimos anos, defende Bird, o maior pecado tem sido “seguir de forma idiota todas as tendências, como as redes sociais”. Bird defende que o email é 40 vezes mais eficaz que o Twitter e o Facebook em conjunto porque permite criar uma relação próxima com o consumidor. Para além disso, “os marketeers têm tendência para acreditar que as pessoas não leem copies longos, o que é falso. Em algumas áreas, como nos seguros, as pessoas querem ter acesso à maior quantidade de informação possível. Quanto mais disser, mais vende!”
O último ‘pecado mortal’ dos marketeers, e também o mais frequente, é esquecer quem lhes paga o salário: “quem paga os nossos salários são os clientes, os consumidores!”Bird acredita que qualquer marketeer pode obter sucesso com uma campanha desde que “respeite o seu cliente e não pense que o cliente sabe menos que ele”, desde que se mantenha “próximo do cliente” e desde que saiba quais são as suas reais necessidades e “use a sua imaginação” para criar campanhas originais.