Nesse estudo, e de acordo com Luís Reis, presidente da APED, foi analisado apenas as obrigações de report para o Instituto Nacional de Estatística (INE), Banco de Portugal, Ministério da Solidariedade, Emprego e Solidariedade Social e da Autoridade Tributária e Aduaneira, “e não na totalidade que os retalhistas têm de reports noutras áreas”.
Ainda de acordo com o estudo, cada associado da APED, independentemente da sua dimensão, recebe cerca de 20 inquéritos por semana. Em média cada associado gasta por dia 5 horas em ações de report. “Imaginem o que é para uma pequena empresa de retalho em Portugal, fazer este número de inquéritos”.
Para além das obrigações de report, implicou também um investimento de 20 milhões de euros na adaptação dos seus sistemas de informação nos anos de 2013 e 2014.
“Para além do custo de resposta aos inquéritos tivemos o custos de investimento na adaptação dos sistemas de TI”.
Três propostas de desburocratização
O estudo apresentou três propostas de desburocratização para o processo de report: o Estado deveria aplicar um princípio de contenção e moderação. “Só pedir aquilo que é estritamente necessário”. Outro princípio é o de ouvir as empresas sobre os formatos, os detalhes técnicos e sobre a forma mais eficiente do envio de informação e ainda o princípio da não redundância. “Para não pedir os mesmos dados várias vezes”, acrescentou Luís Reis.