Esta decisão tem como objetivo “permitir uma maior margem de manobra para lidar com a crise económica internacional”, justificou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A divulgação desta medida gerou alguma polémica entre o Brasil e os Estados Unidos. Ron Kirk, o representante dos Estados Unidos pediu ao governo brasileiro para reconsiderar os planos ‘protecionistas’ do aumento das tarifas de importação porque estas medidas vão “afetar significativamente as exportações dos Estados Unidos para o Brasil em produtos chave que interessam aos EUA”.
Os aumentos estão dentro das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), que definem um teto de 35% de imposto para produtos industrializados e de 55% para produtos agrícolas. Segundo o MDIC, o governo optou por aumentar as tarifas em 100 produtos ao máximo de 25%.
De acordo com o MDIC, a lista final, aprovada no início de setembro, levou “em conta o impacto da subida nos preços; o aumento de importações; a capacidade produtiva e nível de utilização da capacidade instalada das indústrias brasileiras; a análise das cadeias produtivas; e a compatibilidade com as diretrizes do programa de desenvolvimento industrial, o Plano Brasil Maior e outras políticas públicas prioritárias”.