Na apresentação do projeto à imprensa, que decorreu nos dias 12 e 13 de janeiro em Ponta Delgada, Ana Cláudia Sá, Diretora-Geral da empresa, explicou que o objetivo é que os consumidores percebam como é produzido o leite dos Açores e quais as suas qualidades, um leite “baseado numa pastagem natural e sem rações e poluição. A pastagem é a nossa grande vantagem.”
Para a empresa, é claro que uma vaca produz melhor se viver sem “stress”, ao ar livre 365 dias por ano e se tiver controlos veterinários regulares, e são esses critérios que a empresa quer ver cumpridos por todos os produtores que consigo colaboram.
Se forem cumpridos todos os requisitos definidos pela BEL, o produtor receberá uma certificação “Leite de Vacas Felizes”. A curto e médio prazo o objetivo é melhorar as práticas produtivas, garantir o bem-estar animal e a qualidade do produto final: os produtores com leite certificado poderão vir, inclusive, a receber mais por cada litro de leite. Já a longo prazo, o objetivo é ter 20% dos produtores certificados e fazer com que o leite certificado chegue às lojas com o selo “Leite de Vacas Felizes” e na forma de um produto premium.
Aqueles que não forem capazes de cumprir as normas mínimas estabelecidas deixarão de fornecer leite à BEL, mas ainda assim, para os atingirem a empresa prestará apoio técnico e, em alguns casos, financeiro.
À DISTRIBUIÇÃO HOJE, Ana Cláudia Sá, Diretora-Geral da BEL Portugal, referiu que “para cumprir o objetivo de chegar aos consumidores com um produto mais ‘verde’ e mais saudável é necessário também o apoio da Distribuição Moderna”.
“Vamos reunir com todos os nossos clientes da Distribuição e com todas as insígnias no sentido de conseguir também da parte deles um compromisso na defesa do nosso leite. Queremos que se torne numa missão conjunta e nacional”, sublinhou.
A Bel Portugal detém três fábricas em Portugal, duas nos Açores e uma em Vale de Cambra e colabora com cerca de 500 produtores de leite.
*a jornalista viajou para Ponta Delgada a convite da BEL