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Retalho

Associações de retalho de Portugal e Espanha unem-se por maior reconhecimento do setor

D.R.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Asociación Española de Distribuidores, Autoservicios y Supermercados (ASEDAS) e a Asociación Nacional de Grandes Empresas de Distribución (ANGED) anunciaram esta semana ter chegado a acordo relativamente a um manifesto comum com as prioridades do setor a serem debatidas com a comunidade política.

Em comunicado, as associações explicam que “a poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam a 9 de junho, as associações signatárias deixam um apelo direto: é necessário um maior reconhecimento social e político do setor da Distribuição na Europa”.

 

Com um peso significativo na economia europeia, o setor gera 10% do PIB da UE, consideram os signatários que apesar “do peso económico e social que o setor tem em Portugal em Espanha, materializado no contributo para o PIB e na geração de emprego e na coesão social, alicerçado num investimento forte e sustentado ao longo do tempo, o setor da Distribuição tem vindo a enfrentar vários desafios”, desde logo o aumento dos preços da energia e dos combustíveis, constrangimentos no transporte internacional, impactos decorrentes de conflitos armados, escassez de matérias-primas e inflação.

Para lá destes pontos, as associações lembram que a estes fatores junta-se um verdadeiro “tsunami” regulatório, com mais de 3.000 normas regulamentares em constante evolução e alteração, que aumentou consideravelmente os custos de funcionamento das empresas.

 

Neste quadro, e perante a proximidade de se iniciar um novo ciclo nas instituições europeias, a APED, a ASEDAS e a ANGED apelam a um maior diálogo dos atores políticos europeus com o setor da Distribuição.

“Este setor deve ser considerado prioritário pelos representantes portugueses e espanhóis nas instituições europeias, uma vez que as questões mais estratégicas para a Distribuição dependem quase exclusivamente das regras comunitárias. A defesa dos interesses deste sector deve estar em consonância com a sua importância para as duas economias e para a vida quotidiana dos cidadãos”, defendem as associações signatárias do manifesto.

 

Entre os eixos a trabalhar, a APED, a ASEDAS e a ANGED defendem que as Pessoas, Competitividade e Sustentabilidade devem estar entre as prioridades estratégicas, defendendo-se “a necessidade de serem criadas novas soluções e maior flexibilidade na regulamentação laboral para responder às novas necessidades do mundo do trabalho, bem como aos novos estilos de vida e necessidades dos consumidores”, entre outros pontos

Por outro lado, no que concerne à competitividade, defendem as signatárias ser necessária “uma regulamentação que garanta segurança jurídica e um ambiente empresarial estável, que assegure condições de concorrência e acesso a um mercado que permita o desenvolvimento dos seus modelos de negócio.”

 

“No domínio de normas de sustentabilidade ESG, as associações apelam a que as normas aprovadas e pendentes de grande alcance, como a Taxonomia Europeia, a CSRD, a Desflorestação, a Diligência Devida e o Trabalho Forçado, não incluam nuances contraditórias e que sejam desenvolvidas orientações para ajudar as empresas e as autoridades competentes a saber o que devem exigir. Não podem ser as empresas de Distribuição a controlar as obrigações de outros elos e a ser responsáveis por eventuais cumprimentos”, explica.

Aceda ao manifesto aqui.

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