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António Saraiva de Reffóios: “Vamos passar a exportar, o que antes importávamos”

António Saraiva de Reffóios: "Vamos passar a exportar

A Nestlé transferiu para Portugal a produção de Nesquik cereais e das embalagens de um quilo de Chocapic, até agora assegurada por uma fábrica que a multinacional detém em França. Com um investimento de 2 milhões de euros, a unidade fabril de Avanca, Aveiro, vê assim a sua posição ser reforçada dentro do grupo Nestlé. “É nosso principal objetivo manter a base industrial que temos em Portugal, com quatro fábricas”, assevera o diretor-geral e administrador-delegado da Nestlé Portugal, S.A em entrevista à DISTRIBUIÇÃO HOJE. 

Que razões levaram à transferência para Portugal da produção de Nesquik cereais e das embalagens de Chocapic?

Em primeiro lugar, a excelência da nossa fábrica de Avanca, que se especializou no fabrico de cereais. Nos produtos de cereais, Avanca é uma das mais importantes fábricas da Nestlé na Europa. Em segundo lugar, o facto de que, com este investimento, podermos passar a exportar o que antes importávamos. A partir de agora, em vez que comprarmos a França, vamos produzir para o mercado nacional e para toda a Península Ibérica. França manterá a sua produção não só para o seu mercado interno, como também para exportar para outros mercados fora da nossa região.

 

Qual o valor do investimento?

Dois milhões de euros.

 

Quais as principais repercussões deste investimento não só para a fábrica de Avanca, como também para o grupo Nestlé?

Para a fábrica de Avanca este investimento significa o reforço da sua posição dentro do grupo Nestlé. É mais um garante de futuro desta fábrica. É nosso principal objetivo manter a base industrial que temos em Portugal, com quatro fábricas. Além de Avanca, temos ainda a fábrica de Cafés Torrados no Porto, a fábrica de leite em pó nos Açores e a fábrica de envasamento de águas da Nestlé Waters Direct, em Coruche. Esta última é também um investimento recente da Nestlé em Portugal, que foi construída em 2009. Para o grupo Nestlé significa a garantia de que estes produtos, que agora também passamos a produzir, serão elaborados numa fábrica altamente especializada e de referência nesta categoria. É, aliás, a única fábrica da Península Ibérica a produzi-los, o que, para o grupo, se traduz em evidentes ganhos de eficiência e de transporte, uma vez que a fábrica está mais próxima dos seus mercados de exportação. Avanca vai ainda ver aumentado o seu volume de produção, que se fixará agora nas 34.300 toneladas por ano.

 

Em que medida serão afetadas as importações/exportações?

Com este investimento deixaremos de importar a França estes cereais e tornamo-nos exportadores, aumentando assim a nossa capacidade de exportação. No passado mês de outubro, 14% do negócio da Nestlé Portugal teve origem nas exportações e este investimento vem acrescentar valor à nossa atividade, contribuindo positivamente para a economia nacional. Neste momento, a partir de Avanca exportamos para Espanha, Alemanha, Áustria e França.

 

Leia toda a entrevista e os dados relativos à faturação e produção da Nestlé na edição papel de fevereiro da DISTRIBUIÇÃO HOJE.

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