A Sony vai efetivar a transferência da sua sede europeia, que depende da filial espanhola, do Reino Unido (Sony Europe, Ltd.) para a Holanda por causa do Brexit. Embora o anúncio não seja novidade, as diferentes cadeias de distribuição que trabalham com a multinacional japonesa receberam recentemente uma comunicação em que são encorajadas a faturar as encomendas atuais que têm com a empresa antes do dia de hoje.
Segundo o jornal Nikkei, a nova sede europeia da Sony ficará localizada em Amsterdão (Holanda), numa operação que teria que ser concluída antes do encerramento fiscal da empresa, que termina precisamente a 31 de março. A razão para a transferência é óbvia: preservar as operações do mercado europeu antes da partida do Reino Unido da União Europeia e mitigar o impacto fiscal que possa ter.
De referir que, de acordo com as contas da Sony, a Europa representa um mercado importante para a multinacional. Especificamente, é o terceiro maior mercado em peso de faturação para a empresa depois do Japão e dos EUA, com receitas para o ano fiscal que terminou em março de 2018 de 14.070 milhões de euros, em comparação com os 68.670 milhões de euros faturados pelo grupo no ano transato.
No campo da eletrónica de consumo, a Sony não é a primeira multinacional a concretizar esta transferência. No final de 2018, a Panasonic já havia optado por uma medida semelhante, transferindo sua sede europeia também para a Holanda.
Em paralelo, a Sony também anunciou hoje o “realinhamento” dos seus negócios de Produtos e Soluções de Imagem (IP&S), as áreas de Entretenimento e Som (HE&S) e Comunicações Móveis (MC) como Produtos e Soluções Eletrónicos (EP&S), uma mudança que entrará em vigor a partir de 1 de abril de 2019, coincidindo com o início do seu novo ano fiscal 2019-2020.