Portugal vai proibir já em 2020 a utilização de palhinhas e cotonetes, antecipando-se em, pelo menos, meio ano à diretiva da União Europeia que ‘força’ o fim da comercialização de plásticos de utilização única.
A notícia é avançada pelo jornal Público, que esta sexta-feira (22 de fevereiro) revela que o Governo quer antecipar diretiva europeia sobre plásticos descartáveis, acabando com a venda destes produtos já no segundo semestre de 2020.
A medida é anunciada depois da aprovação, no final de 2018, de uma resolução para reduzir o consumo de plástico e papel na administração pública. Assim, desde o dia 1 de janeiro de 2019 que estão proibidos todos os concursos públicos de aquisição de descartáveis para a administração e empresas públicas.
O Governo quer ainda acabar com os copos de plástico para café, água ou outras bebidas e garrafas (exceto das máquinas automáticas), pedindo que privilegiem garrafas reutilizáveis e pontos de enchimento de água da torneira. O Executivo quer ainda que os sacos de plástico sejam substituídos por embalagens de papel, com exceção dos sacos para lixo indiferenciado.
O jornal Público avança ainda que o Governo tem intenção de proibir a venda de sacos de plástico oxo-degradáveis, utilizados em alguns supermercados, já a partir de 1 de janeiro de 2019. Já os sacos de plástico mais resistentes, que atualmente são vendidos nos supermercados por 50 cêntimos, deverão ficar mais caros.
Para além disso, sabe-se que será antecipada a introdução do sistema de tara retornável para garrafas de plástico, uma notícia recentemente avançada por Carlos Martins, Secretário de Estado do Ambiente.
Prevê-se, assim, o arranque de um projeto-piloto com 50 máquinas de depósito em espaços comerciais para que quando o cliente entregue uma garrafa de plástico, receba um cupão de desconto para utilizar nas compras.