A APED e a Direção Geral de Saúde assinaram esta semana um acordo: as marcas da distribuição comprometeram-se a reduzir as quantidades de açúcar nos pacotes individuais para quatro gramas.
A medida será implementada até ao final do próximo ano e, segundo a APED, é mais um passo do setor na “promoção da alimentação saudável, cujo trabalho desenvolvido tem passado pela reformulação da composição de produtos alimentares, disponibilização de oferta de produtos saudáveis em loja e ações de comunicação junto dos consumidores sobre hábitos alimentares e de saúde adequados.”
Este compromisso está ainda enquadrado na ‘Estratégia Integrada para a Promoção de Alimentação Saudável’, criada em 2017 pelo Governo, e que tem como objetivo a redução dos níveis de açúcar, sal e ácidos trans nos alimentos consumidos pelos portugueses até 2020.
Pedro Graça, um dos responsáveis pela iniciativa, revelou em declarações à Lusa que se esperam efeitos na redução do consumo e de doenças como a diabetes, menos desperdício de “toneladas de açúcar deitadas fora” em pacotes que ficam com restos e menor necessidade de importação. “O objetivo é envolver a indústria da distribuição na promoção da saúde, não só pelo que se consome dentro dos próprios supermercados, mas também nos pacotes de açúcar”, explicou.
Em 2016, o Ministério da Saúde e as associações da indústria alimentar já se tinham comprometido a diminuir a quantidade de açúcar nos pacotes individuais, que passou de oito gramas para um máximo de cinco a seis gramas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o açúcar deve representar menos de 10% do total de calorias ingeridas diariamente, aproximando-se idealmente de 5% do total de energia consumida por dia.