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Produção

“A Imperial tem como missão apostar diariamente na inovação”

Manuela Tavares de Sousa, Imperial

Manuela Tavares de Sousa, presidente do Conselho de Administração da Imperial, esteve à conversa com a DISTRIBUIÇÃO HOJE, falando-nos da aposta das marcas do grupo em inovação e como estão a preparar uma das épocas mais importantes para os resultados da marca.

Lembrando que a Páscoa chega a representar 35% do volume de negócios da empresa, a máxima responsável da empresa detentora de marcas como Pintarolas, Regina ou Pantagruel lembra-nos que a aposta em inovação é chave para o sucesso de qualquer negócio, afirmando que compreender os consumidores e oferecer-lhes produtos alinhados com os seus valores é um foco crescente da Imperial.

 

Confira o resultado desta conversa nas linhas abaixo onde se abordam temas como inovação, sazonalidade e dinâmicas dos consumidores.

Sendo as amêndoas um produto tipicamente sazonal, quais as vossas expetativas para o período da Páscoa em termos de procura e, consequentemente, vendas?

 

A Páscoa, apesar de ter vários produtos associados à festividade e que são tipicamente sazonais, é um momento de grande partilha e consumo de chocolate. Seja para oferecer ou para colocar na mesa de Páscoa, os portugueses continuam a apostar muito na procura e compra deste tipo de produtos, fazendo, naturalmente, com que a Imperial aumente a produção de chocolate nesta época. A Páscoa é, sem dúvida, um dos pontos altos de produção e venda para a Imperial. É uma época que chega a representar cerca de 35 por cento do volume de negócios da empresa.

Quais são as novidades que têm preparadas para este ano?

 

Como habitualmente, a Imperial apresenta um conjunto de novidades e sugestões para a época de Páscoa. Desde logo, sublinha-se o lançamento das amêndoas da Regina Caramelo e Sal – marca que celebra, este ano, 96 anos de história –, nas variedades de chocolate negro e chocolate de leite. Já do lado da Pintarolas, a Imperial acaba de lançar a tablete Pintarolas, um novo formato que permite dosear mais facilmente a quantidade de chocolate que os mais pequenos consomem, garantindo, ainda assim, um momento colorido de felicidade. A par destes produtos, a Imperial mantém alguns clássicos intemporais da Regina, como as amêndoas lilás (cobertas com chocolate e uma fina camada de açúcar), as amêndoas de chocolate de leite com canela ou com açúcar em pó. Pelo facto da gama de amêndoas Regina ser bastante grande, temos, também, disponível a caixa de sortido clássico de amêndoas cobertas com chocolate (amêndoas lilás, chocolate branco, chocolate de leite e amêndoa crespada). Já para os apreciadores de paladares mais exóticos, indulgentes e requintados, a Jubileu apresenta uma vasta gama de amêndoas de chocolate, com opções de 70% ou 85% de cacau, vegan e sem glúten. Da marca, destacam-se ainda as amêndoas cobertas com chocolate branco, com sabor de Baunilha de Bourbon.

Com os consumidores cada vez mais ávidos por produtos inovadores e disruptivos, como trabalham diariamente este eixo?

 

A Imperial tem como missão apostar diariamente na inovação tendo por base as grandes tendências de consumo que estão, hoje, bastante relacionadas com as questões ligadas à saúde e bem-estar e à conveniência. O incremento da procura de opções mais saudáveis reflete-se, no caso do setor do chocolate, em produtos com alto teor de cacau, ricos em proteína e fibras, sem açúcar, vegan, sem glúten e outros alergenos, com baixas calorias ou baixo teor de hidratos de carbono. A Imperial tem, neste contexto, o desafio permanente de, mantendo a qualidade que a caracteriza, apresentar referências novas, distintas do que o mercado tem para oferecer e que lhe permita reforçar a posição enquanto maior produtor nacional de chocolates.

Os produtos healthy com gamas de chocolate 99 e 100% de cacau das marcas Jubileu e Pantagruel, as barras com proteína ou as Amêndoas de chocolate Regina que vão desde os 55% de cacau passando por 70%, 85% até 100%, são apenas alguns exemplos dos produtos que a Imperial tem vindo a lançar alinhados com a procura por opções mais saudáveis. Verificamos também uma tendência para o revivalismo e para o vintage, que permite às gerações mais novas um contacto com produtos com grande influência junto dos seus pais e avós. Neste sentido, a Imperial tem feito a atualização da imagem de algumas linhas de produtos. É exemplo disso a reconhecida Caixa de Furos da Regina, que, depois de uma reformulação, passou dos cafés e confeitarias para a casa dos consumidores. Esta estratégia de revitalização dos clássicos é crucial para a Imperial, porque, mais do que captar novos consumidores, é necessário nutrir e cuidar as relações que estabelecemos com eles. Esta tem sido a fórmula de sucesso da Imperial, que se tornou o maior produtor de chocolate nacional, nestes 90 anos de história.

Há também uma crescente preocupação com a sustentabilidade. De que forma os vossos produtos refletem também esta preocupação do consumidor?

Na Imperial temos plena consciência de que é necessário adotar estratégias que contribuam para a sustentabilidade do meio ambiente e, por isso mesmo, queremos ser um agente ativo nesta matéria. A pensar nisso mesmo, fazemos, por exemplo, reciclagem e recorremos a materiais reciclados nas embalagens dos nossos produtos. A Imperial é, também, um dos membros fundadores do Pacto Português para os Plásticos, através da Associação Smart Waste Portugal, iniciativa que reúne algumas das maiores empresas de diferentes setores da indústria com o objetivo de desenvolver guias de boas práticas na utilização de materiais alternativos aos plásticos, encontrando novas soluções centradas na questão da sustentabilidade. Já no que respeita à nossa aposta na investigação e no desenvolvimento, conseguimos reduzir as emissões de CO2 na nossa produção e destaque-se, ainda, que realizamos a triagem de materiais de embalagem por tipo de material, assim como o tratamento de águas residuais para redução da carga orgânica que a nossa atividade acaba por gerar.

Com os portugueses a passarem novamente por um período de alguma dificuldade económica, como estão também a trabalhar este eixo para não prejudicar os vossos clientes?

Este último ano tem sido particularmente desafiante pela pressão da instabilidade política na Europa, que teve como efeitos imediatos fortes os incrementos dos custos das matérias-primas e materiais de embalagem, logísticos e energéticos. Neste sentido, a Imperial colocou em marcha planos de eficiência que têm contribuído para minimizar os impactos na vida dos nossos consumidores.

Espanhóis da Valor adquirem Imperial em processo de expansão internacional

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