Quantcast
Pagamentos

Tendências económicas para 2024: Previsões dos gastos e prioridades dos consumidores

O Mastercard Economics Institute (MEI) apresentou o Economic Outlook 2024, que identifica as tendências macroeconómicas globais, apresentando os principais insights que deverão caracterizar o desempenho das economias em 2024, tais como o poder dos consumidores, a descompressão da inflação e a recalibração do banco central.

O ambiente económico global tem sido marcado por flutuações desde 2020, mas para 2024 adivinha-se o início de um novo capítulo, com a expectativa de que os consumidores, grandes empresas e as PME tomem decisões cruciais sobre gastos e investimentos.

 

“Embora na economia global o sentimento seja o de que estamos a caminhar para a ‘normalidade’, no próximo ano, comparativamente com os três anos anteriores e com os níveis pré-pandemia, a economia continuará a procurar um equilíbrio entre taxas de juro, salários e preços elevados. Este contexto macroeconómico coloca em evidência uma evolução do consumo, com inflação moderada, e crescimento económico estável, apesar das diferentes dinâmicas regionais”, revela a Mastercard em comunicado.

Vamos conhecer os principais insights do relatório que refletem estes temas à escala global:

  1. Prioridades de gastos em Portugal: Consumidores apostam em viagens e experiências apesar da inflação
 

O comportamento de gastos dos consumidores em Portugal indica uma priorização contínua de despesas discricionárias, como viagens e experiências, apesar do aumento da inflação afetar os gastos com bens essenciais. Os viajantes europeus, em particular, procuram destinos que ofereçam experiências a preços acessíveis. Embora haja uma necessidade percebida de equilíbrio entre despesas primárias e discricionárias, as previsões para 2024 indicam um aumento de 1% nas despesas reais dos consumidores em Portugal, sugerindo uma resistência relativa às pressões inflacionárias.

  1. Aumentos salariais vão impactar no poder de compra dos consumidores

O emprego vai determinar os gastos e o poder de compra dos portugueses e isto reflete-se na baixa taxa de desemprego – que atualmente se situa em 6,5% – juntamente com os aumentos salariais e o dinamismo do mercado de trabalho, “Em alguns casos, isto reflete-se por salários que ultrapassam a inflação, como na zona euro, onde os salários em setembro de 2023 aumentaram 4,7% ano após ano e a inflação aumentou 4,3%. Por outro lado, a flexibilização da política monetária ajudará a sustentar os gastos dos consumidores em setores sensíveis aos juros”, explica o relatório.

  1. Queda da inflação contribui para flexibilização monetária global
 

De acordo com o Mastercard Economics Institute, as taxas de juro dos bancos centrais estão provavelmente perto dos seus valores máximos. O relatório Economic Outlook 2024 perspetiva que possa existir alguma flexibilização no próximo ano, à medida que a inflação arrefeça e o crescimento permaneça moderado, provocando uma normalização parcial da política monetária. “Globalmente, a expetativa é de que a inflação modere para 4,9% YoY em 2024, abaixo dos 6% em 2023, mas permanecendo acima da tendência pré-pandemia de 2,7%.” Apesar disso, a previsão é a de que o crescimento económico global no próximo ano seja semelhante ao de 2023, prevendo-se que o PIB ajustado à inflação cresça 2,9% YoY em 2024.

  1. E-commerce regressa e supera loja física

O estudo demonstra que em 10 economias, a taxa de devoluções cresceu significativamente entre 2019 e 2023, mas permaneceu relativamente inalterada na loja o que poderá dar a perspetiva de um dinamismo continuado no e-commerce no próximo ano.

 

Consulte o relatório “Perspetivas Económicas para 2024” na íntegra aqui.

Não perca informação: Subscreva as nossas Newsletters

Subscrever