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Cibersegurança e saúde mental: o burnout está a afetar o setor

Saúde mental na cibersegurança: O burnout está a afetar o setor 

O aumento das ameaças cibernéticas tem propulsionado a importância da cibersegurança nas empresas, mas também tem causado efeitos nefastos na saúde mental dos colaboradores desta área.

Quase metade dos líderes de cibersegurança vão mudar de emprego até 2025, revelou um estudo da Gartner. Só o stress (sem qualquer outro fator associado) vai ser responsável pela mudança de 25% dos profissionais.

 

Dada essa dinâmica, bem como as enormes oportunidades de mercado para profissionais de segurança cibernética, a rotatividade de talentos representa uma ameaça significativa para as equipas de segurança, aponta ainda o estudo.

A falta de talento e a falha humana vão ser responsáveis por mais de metade dos incidentes cibernéticos significativos até 2025. Um inquérito da Gartner realizado em maio e junho de 2022 com 1 310 colaboradores revelou que 69% dos funcionários ignoraram as orientações de segurança cibernética da sua organização nos últimos 12 meses. Na pesquisa, 74% dos funcionários disseram que estariam dispostos a ignorar a orientação de segurança cibernética se isso os ajudasse a alcançar um objetivo de negócio.

 

Por sua vez, o estudo “State of Mental Health in Cybersecurity 2022”, promovido pela empresa Tines, inquiriu 1 027 profissionais europeus e dos EUA. 66% relataram situações de stresse no trabalho, com 63% a afirmar que essa ocorrência aumentou ao longo do último ano. Quase um terço afirma que o seu trabalho afeta “muito regulamente” a sua saúde mental, com um total de 64% a verem esse efeito muito regulamente, regulamente e às vezes.

Apesar deste retrato, 47% aponta que a sua saúde mental se encontra excelente ou muito boa e 57% afirma mesmo que a sua empresa providencia recursos e apoio à saúde mental e bem-estar. Apesar disso, apenas 54% afirma que no seu local de trabalho a saúde mental é uma prioridade.

 

Um outro estudo, focado no mercado do Reino Unido, promovido pela empresa de segurança de identidades CyberArk mostra que 59% dos profissionais séniores do setor naquele país são afetados pelo burnout. Ao mesmo tempo, um relatório da iomart e da Oxford Economics, aponta que 30% das equipas de cibersegurança que estão atualmente a lidar com o aumento das ameaças cibernéticas estão a sofrer de com esta condição.

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