Os portugueses continuam a preferir pagar as compras em canais digitais com recurso à referência Multibanco (74%), revela o estudo Observador Cetelem eCommerce 2019. A escolha desta forma de pagamento apresenta uma ligeira descida comparativamente ao ano passado (menos três pontos percentuais), mas continua a ser a eleita dos portugueses.
As transferências bancárias mantêm o segundo lugar (43%). Em terceiro lugar, os pagamentos no ato de entrega, que estavam no fim da tabela em 2018, aparecem agora em terceiro lugar, com 37% dos nacionais a assumir esta preferência. Segundo o comunicado que acompanha este estudo, este valor confirma os receios de fraude dos utilizadores.
Em seguida surgem os pagamentos com cartão débito e de crédito que reúnem cada um cerca de 20% das preferências dos consumidores portugueses que fazem compras online.
Novas formas de pagamento, como o Paypal e o MB Way sofreram uma ligeira descida e reúnem este ano 23% das preferências – menos 5% que o ano passado.
Numa análise mais detalhada, verifica-se que os e-shoppers entre os 18 e os 24 anos de idade (52%) e residentes na região do Porto (65%) são os que mais preferem o pagamento através de referência multibanco (52%).
Já o pagamento em dinheiro no ato de entrega é mais escolhido por consumidores entre os 25 e os 34 anos e residentes no Norte e Centro do país (20%). O cartão de crédito parece ser mais utilizado pelos portugueses entre os 35 e os 44 anos e residentes no Norte de Portugal.
Seguros entre os produtos financeiros mais subscritos online
O mesmo estudo revela ainda que os inquiridos que procuram produtos financeiros online subscreveram sobretudo seguros, aplicações financeiras e crédito.
O estudo Observador Cetelem sobre as intenções de compra dos portugueses nos canais digitais, aponta ainda que, entre os consumidores nacionais, cerca de 10% já subscreveram pela Internet produtos financeiros.
Entre aqueles que reúnem maior preferência estão a subscrição de seguros (40%), seguros automóvel (24%), aplicações financeiras (24%), crédito pessoal (18%) e cartões de crédito (15%). Depósitos a prazo (3%) e a abertura de contas à ordem (9%) são os produtos menos subscritos através do canal online das instituições financeiras.
O inquérito foi realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen a indivíduos de ambos os sexos, de idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal Continental. O trabalho de campo decorreu entre 12 e 23 de março de 2019.