No ano passado, um em cada quatro europeus fez compras online uma vez por semana. Estes dados constam do Masterindex, um novo estudo da Mastercard, que prevê um crescimento do mercado europeu de comércio eletrónico na ordem dos 45% até 2018. Foram incluídos no estudo consumidores de 20 países do espaço económico europeu, incluindo Portugal.
“A profunda compreensão que este tipo de estudo nos dá do comportamento dos consumidores por toda a Europa ao nível do comércio eletrónico permite-nos trabalhar com os nossos parceiros na construção de novos produtos, soluções e tecnologias que simplifiquem a vida das pessoas”, comenta Paulo Raposo, country manager da Mastercard em Portugal.
Os consumidores portugueses estão ligeiramente acima da média europeia, diz o relatório. 40% dos europeus inquiridos dizem ter efetuado compras online pelo menos uma vez por ano, e em Portugal esse número é de 43%. Um dado interessante do relatório é que 31% dos portugueses inquiridos nunca comprou produtos online fora de Portugal.
Já os artigos mais comprados online pelos portugueses em sites de outros países europeus foram vestuário, calçado e acessórios, com 29%. Esta percentagem é inferior à média europeia de 37%. Na categoria seguinte é o oposto: a eletrónica e livros representaram 26% das compras, o que é bastante superior à média europeia de 17%. Por fim, CD, DVD e videojogos, 20% em linha com a média europeia (21%).
O Masterindex refere que o comércio eletrónico tem registado um aumento significativo em toda a Europa, quando se compara a frequência diária com a frequência semanal. No entanto, aquilo que é mais procurado pelos consumidores difere de país para país, assim como preferência na escolha do método de pagamento. Na República Checa, Alemanha, Países Baixos e Polónia, a banca online é duas vezes mais popular que os cartões. Mas em países como o Reino Unido, França, Espanha, Irlanda e Itália, os cartões continuam a ser os métodos de pagamento mais populares.
O estudo analisou também a adesão a novos métodos de pagamento, como e-wallets, aplicações bancárias e utilização de códigos QR. Apesar de haver abertura para testar novas tecnologias, “este interesse nem sempre se correlaciona com o uso real”, aponta o Masterindex. Enquanto os compradores espanhóis são os mais entusiastas no que toca a carteiras eletrónicas, em teoria, acabam por ficar atrás dos noruegueses (20%), gregos (20%), e finlandeses (19%) no que toca à utilização destas soluções de pagamento.
Os obstáculos a uma maior adesão ao comércio eletrónico transfronteiriço são similares em todo o lado – receio de fraude e falta de confiança em sites estrangeiros. Outros motivos são as boas opções que o mercado interno oferece. Os artigos mais populares, comprados além-fronteiras são vestuário, acessórios e calçado (37%), seguidos de livros, música, DVD e videojogos (21%).
Entre os fatores-chave para o crescimento, tanto a nível internacional como nacional, estão os esforços contínuos para criar confiança no comércio eletrónico e melhorar as ofertas e condições online, conclui o Masterindex.