A tecnologia que está por detrás da moeda digital bitcoin prepara-se para um crescimento muito acelerado nos próximo cinco anos. De acordo com um novo relatório da IndustryARC, o mercado vai valer 6,076 mil milhões de dólares em 2023, crescendo a uma taxa média anual de 48,37%. A procura será liderada pelos sectores da banca, finanças, governo e sector público, com aplicação em diversas áreas – desde os pagamentos a contratos inteligentes, identidades digitais e documentação.
O que torna a tecnologia tão interessante é que permite obter um registo inviolável de transações numa base de dados que é descentralizada de distribuída por uma rede partilhada.
A análise da IndustryARC identifica como principais players deste novo mercado a Microsoft, IBM Corporation, Deloitte Touche, Ripple e BTL Group.
“Com o advento da digitalização e modernização, a tecnologia Blockchain tem alcance para penetrar em todas as grandes indústrias verticais que incluem banca, serviços financeiros e seguros, informação e comunicação, governo e sector público, saúde, logística, cadeia de fornecimento e transporte, e-commerce e retalho”, nota a IndustryARC. A banca e sector financeiro/seguros tiveram a maior quota de mercado no ano passado, 41,1%, com um valor total de 163,85 milhões de dólares. Estes sectores estão a implementar a plataforma Blockchain para oferecerem melhores serviços aos seus clientes.
A região europeia foi a segunda maior em 2016, a seguir aos Estados Unidos, e deverá crescer 43,98% ao ano até 2023. “A Europa é um mercado importante para a tecnologia Blockchain por causa do foco crescente em inovação digital nos maiores países da região e a presença de muitas grandes empresas”, nota a consultora.
Os fornecedores de soluções Blockchain têm utilizado as suas competências core e ofertas inovadoras para aumentarem a entrada em mercados potenciais, além de fusões e aquisições. É através de novas adições ao portfólio de produtos e da possibilidade de alavancar as capacidades das empresas compradas que os players conseguem entrar nos mercados emergentes, diz a consultora.