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Pagamentos

50% da população europeia tem acesso muito fácil a levantamento de dinheiro

50% da população europeia tem acesso muito fácil a levantamento de dinheiro

Metade dos europeus (50%) considera que tem acesso muito fácil ao levantamento de dinheiro. Mas será igual em toda a Europa? Após falarmos sobre as preferências e os comportamentos dos consumidores relativamente aos meios de pagamentos, é tempo de analisar o estudo SPACE, realizado pelo Banco Central Europeu, para perceber o acesso aos meios de pagamento.

Do leque de países da UE, a Bélgica (+ 12 pontos percentuais (pp)), Holanda (+ 7 pp) e Luxemburgo (+6 pp) foram os países onde cresceu a dificuldade no acesso a caixas de multibanco ou a bancos para levantar dinheiro. No caso português, a dificuldade diminuiu 2 pp. Mas é em Malta que a diferença foi a maior, com menos 6 pp.

 

O levantamento por multibanco é a preferência dos europeus, com 74%. Portugal regista o segundo melhor resultado neste âmbito, com 86%. Só o Chipre ultrapassa com 89%. Destaca-se o peso das reservas de dinheiro como forma de acesso na Alemanha (30%) e em Malta (25%).

Portugal regista o segundo melhor resultado neste âmbito

 

Portugal é o país com menor acesso a cartão bancário

94% dos europeus têm acesso a um cartão bancário, com 81% a possuir uma conta para os pagamentos. Enquanto a Alemanha é líder quer no acesso a uma conta como a um cartão (99%), posição que partilha com a Finlândia no acesso ao cartão, Grécia é o país com o menor acesso a contas (79%) e Portugal com o pior acesso aos cartões bancários (79%). Portugal é também o segundo país com pior acesso a uma conta bancária (81%).

 

A população entre 18 e 24 anos é menos provável de possuir uma conta bancária

Na maioria dos países, a população entre 18 e 24 anos é menos provável de possuir uma conta bancária, ao contrário das faixas etárias mais velhas.

 

Portugal é um dos piores na perceção ao acesso a pagamentos imediatos

O relatório analisou ainda a perceção ao acesso a pagamentos imediatos no bloco comunitário. O Luxemburgo foi o país onde esse acesso foi tido como mais disponível (63%). O pior resultado foi registado na Grécia (22%). Nos Países Baixos e na Estónia, países tipicamente associados a formas mais digitais de pagamentos, 36% e 19%, respetivamente, nunca tinham ouvido falar no serviço. De forma geral, 51% afirma ter acesso a estes pagamentos.

Luxemburgo foi o país onde esse acesso foi tido como mais disponível

Portugal é o quarto país ao nível dessa perceção, com apenas 40% da população a afirmar ter acesso a este serviço. 21% afirma não ter disponível, 22% já ouviu falar e 15% nunca ouviu falar dele.

Relativamente às taxas, em Portugal, 67% dos consumidores afirma não pagar taxas para este tipo de pagamentos. É o terceiro melhor resultado, com apenas a Finlândia (72%) e o Chipre (80%) a registarem valores superiores. É de destacar valores como:

  • 38% dos italianos paga uma taxa superior do que para transferências bancárias (superior ao número de quem não paga taxas – 29%);
  • 32% dos alemães não sabem se pagam alguma taxa.

Acesso ao pagamento em dinheiro físico desce nos pontos de venda

Em média, 95% dos pagamentos nos pontos de venda podiam ser pagos em dinheiro físico. O valor desceu em comparação a 2019, onde o valor era de 98%. Apenas na Holanda a possibilidade de pagamentos em dinheiro físico não desceu. Portugal é um dos países com a menor quebra, sendo esta de apenas dois pontos percentuais.

Apenas na Holanda a possibilidade de pagamentos em dinheiro físico não desceu

Já em relação à possibilidade de pagamento por cartão, telemóvel e outros meios de pagamento, a média europeia foi de 81%, mais dois pontos percentuais face a 2019. Malta, Lituânia, França, Finlândia e Luxemburgo registaram quebras. Portugal é quem lidera nos aumentos, com mais dez pontos percentuais.

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