Israel está a ponderar o lançamento de uma moeda digital que ajude a promover a transparência das transações financeiras e a combater a economia paralela, que representará quase um quinto do PIB do país, segundo fontes locais.
Nos próximos meses o país pretende ainda regular as transações com criptomoedas, balizando a forma como esta alternativa ao dinheiro tradicional pode ser usado no país. Até lá, proibiu a negociação de empresas que façam transações com bitcoins na bolsa de Telavive.
De acordo com o Haaretz, site que avançou a notícia, o Governo de Israel vai ainda estudar a possibilidade de avançar com um sistema de pagamentos com dinheiro digital.
O objetivo passaria por criar uma moeda regulada pelo banco central, de modo a prevenir as oscilações de valor que têm caraterizado o percurso das moedas virtuais nos últimos meses. Esta seria uma forma de reduzir as moedas e notas em circulação e facilitar o controlo de esquemas, como branqueamento de capitais ou lavagem de dinheiro.
Já as medidas para regulamentar as transações em plataformas baseadas em moeda digital, explicou o presidente do regulador do mercado de capitais à mesma fonte, estão a ser equacionadas por se considerar que o Governo deve proteger os seus cidadãos das subidas e descidas abruptas no valor destas moedas. O responsável admitiu o potencial desta alternativa ao dinheiro tradicional e o interesse de Israel em tirar partido disso, mas em condições controladas.
As notícias confirmam a relevância que o tema das moedas virtuais está a assumir na economia mundial. Pouco-a-pouco, vários países têm assumido posições relativamente ao Bitcoin e restantes criptomoedas, definindo um enquadramento para aceitar esta alternativa ao sistema financeiro tradicional, ou colocando fortes restrições ao seu funcionamento.
As estratégias são diversas e nos últimos meses foram clarificadas várias. A China proibiu simplesmente o funcionamento de todas as plataformas de transações baseadas em moedas virtuais. O Japão optou por legalizar e criar mecanismos de proteção dos investidores, enquanto a Rússia acaba de anunciar que vai continuar a permitir as transações em bitcoins no mercado de capitais, até que a legislação que vai regular este mercado esteja pronta, o que deve acontecer em março.