O mais recente Barómetro Netsonda analisou a atualidade dos comportamentos e hábitos de consumo em Portugal. A maior aposta em produtos de marca própria é evidente, com 71% dos portugueses a afirmar optar por esta solução.
Realizado junto de 1000 portugueses dos 18 aos 64 anos, o Barómetro Netsonda “Atualidade em Portugal” quis também avaliar o impacto da inflação e do aumento das taxas de juro, tendo concluído que o aspeto da vida privada com que os portugueses se sentem mais pessimistas passa pela esfera económico-financeira (28% negativos, 36% positivos), seguida da sua situação laboral (20% negativos, 51% positivos). Além disso, pouco mais de metade (56%) dos indivíduos destas faixas etárias referiu sentir-se atualmente positivo em relação à sua vida.
3 em cada 4 portugueses considera que a situação económico-financeira é negativa ou muito negativa
Esta perceção negativa quanto à situação económico-financeira dos portugueses está enquadrada num contexto de inflação dos produtos e aumentos de taxas de juro. Atualmente, mais de metade (55%) diz ter alterado bastante ou totalmente os seus hábitos de consumo, enquanto 72% refere que a inflação alterou bastante ou totalmente o seu poder de compra/rendimento disponível.
Como reagem os portugueses à inflação?
Para fazer face à inflação e à redução do poder de compra, os portugueses apertaram o cinto e tomaram algumas medidas. De acordo com o Barómetro, estas consistiram em reduzir o número de idas a restaurantes (72%), comprar menos roupa/ calçado/ acessórios (71%) e apostar mais em produtos de marca própria (71%).
Mas houve grupos específicos a sentirem mais o impacto da subida dos preços e do efeito desta nos seus rendimentos disponíveis. O estudo avança que as alterações ao poder de compra foram mais sentidas por “mulheres, pelas pessoas com filhos, por quem dispõe de um rendimento mensal líquido do agregado familiar até 2000€ e por quem possui crédito à habitação”.