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Meios de Pagamento

Digitalização dos pagamentos: portugueses estão mais digitais

Os montantes alocados às compras online estão a crescer e os dados mostram uma alteração do comportamento dos portugueses no momento de compra. Pelo menos é o que se pode constatar da segunda vaga do Barómetro E-Commerce da Marktest (realizada entre outubro e novembro de 2021), um estudo regular de comércio eletrónico que permite identificar e caracterizar os comportamentos dos portugueses relativamente a este canal de comércio de produtos e serviços a particulares.

Neste documento, mostra-se que o aumento verificado durante a pandemia relativamente à adesão ao e-commerce veio para ficar, tendo mesmo subido em todos os ‘escalões’ de dinheiro gasto pelos portugueses que fizeram compras online nos últimos 30 dias referentes ao período em análise. O crescimento mais acentuado regista-se nos gastos “até 50 euros”, com uma subida de 10,4% para 13,6%, revela o estudo.

 

Nesta caracterização, mostra-se ainda que, no que respeita aos meios de pagamento, os portugueses preferiram a opção de multibanco/referência de multibanco. “Esta modalidade apresenta, aliás, uma tendência de crescimento nas formas de pagamento utilizadas entre a primeira e a segunda vaga do Barómetro E-Commerce, com este critério a aumentar de 40,9% para 43,5%. Nas restantes opções, apenas o pagamento por via de cartão de débito/crédito apresentou uma tendência de ligeiro decréscimo no uso entre a primeira e segunda vaga, com uma evolução de 35% para 34,5%.”

Todas as restantes alternativas identificadas no estudo – que inclui uma amostra de 6000 entrevistas ao universo de residentes em Portugal com mais de 15 anos – apresentaram variações positivas entre as duas primeiras vagas do Barómetro E-commerce. O MB Way, em termos de utilização para pagamento de compras online, subiu para 31,4%, e a Paypal recebeu a preferência na hora de pagar de mais 22,9%. Mas há outras formas de pagamento em crescimento, apesar de menos conhecidas, o Split It (0,2%) e 3x 4x Oney (0,6%), passaram, por exemplo, a ser introduzidos no boletim apresentado nesta segunda vaga.

 

Mas, para se ter uma ideia final, estes crescimentos não são apenas mais comuns em ambiente online. O dinheiro físico tem perdido relevância na ‘caixa’ dos estabelecimentos comerciais. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística sobre meios de pagamento, relativos a 2020, o mix do volume de vendas nas grandes superfícies é de 70% através de cartões e 30% através de numerário. Valor que mostra bem a relevância de ter várias alternativas de pagamento disponíveis para os clientes/consumidores.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal durante o mês de abril deste ano mostram que “as marcas mais evidentes da alteração dos hábitos de pagamento dos portugueses são a escolha de instrumentos de pagamento eletrónicos, em detrimento dos que são baseados em papel, uma maior preferência por compras presenciais e ‘online’ com cartão e o maior recurso à tecnologia ‘contactless'”, afirma o BdP.

 

Para terminar, relembrar também que o montante das operações com instrumentos de pagamento eletrónicos aumentou substancialmente em termos de valor, atingindo os 65,4 mil milhões de euros, expressando um crescimento de 14,9%, e o número de operações aumentou em 108 milhões, um acréscimo de mais 3,7%, face ao último ano pré-pandemia (2019).

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