Entre janeiro e junho, 11 empresas em Portugal foram alvo de ciberataques, de acordo com o mais recente Threat Landscape Report, o relatório da S21sec que analisa a evolução do cibercrime durante o primeiro semestre do ano.
Quanto às famílias de ataques mais proeminentes que têm visado empresas portuguesas, o LockBit continua a ser a principal ameaça, seguido pelo novo grupo de ransomware 8BASE, cada um com dois ataques.
Entre os exemplos de ataques, está o de uma empresa municipal em Portugal que foi vítima de um incidente que afetou alguns dos seus serviços aos clientes. De acordo com fontes municipais, o ataque não afetou a operação de serviços públicos essenciais, como o abastecimento de água e saneamento. No entanto, devido à suspensão temporária de alguns serviços de atendimento aos cidadãos, a empresa disponibilizou canais de contacto (via WhatsApp) para algumas formalidades.
O Reino Unido, Alemanha e França emergem como os países europeus mais afetados, e a nível global, os Estados Unidos ocupam a posição de maior número de ameaças, tendo enfrentado um total de 1 009 ataques.
Os ataques de ransomware mantêm-se como os mais frequentes a nível global, registando um crescimento de 43% em relação ao último semestre de 2022, com exceção de Espanha, que sofreu uma redução de 12,5% neste período.
No que diz respeito aos setores mais prejudicados no primeiro semestre do ano, destaca-se o setor da indústria, com 607 ataques, seguido pela consultoria com 259 e o setor tecnológico com 187. Outros setores como saúde (162), serviços (116), transporte (64), energia (46), telecomunicações (40), cultura (30) e defesa (18) também sofreram essas ameaças, mas em menor proporção.
“Apesar de termos assistido a uma estabilização no número de ciberataques em Portugal, esta problemática continua a registar uma tendência crescente a nível global. Por isso, as empresas e os intervenientes envolvidos devem estar cientes da importância de reforçar a estrutura de cibersegurança para que, no futuro, possamos evitar qualquer tipo de ameaça com que as organizações se deparam”, destaca Hugo Nunes, responsável da equipa de Intelligence da S21sec em Portugal.
O relatório completo está disponível através deste link.