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Pagamentos

A queda dos bancos e o ‘renascer’ da criptomoeda

As últimas semanas do sistema bancário têm sido marcadas por quedas de bancos como Silvergate Capital, o Silicon Valley Bank, o Signature Bank e o Crédit Suisse. Se inicialmente a situação era vista pelas empresas de criptomoedas como preocupante, por poder deixar de ter acesso ao mercado financeiro tradicional, agora estas moedas estão em valorização.

Desde o colapso de uma das maiores empresas de troca de cripto, a FTX, que o mercado das criptomoedas não vivia bons dias. Recentemente, com a caída do  Silvergate e do Signature, que se tinham tornado partes integrantes do ecossistema de cripto por oferecem ambos os serviços, as empresas de cripto temiam serem isoladas do mercado financeiro tradicional nos EUA.

 

“Se os bancos estão a ser informados de que não podem financiar o setor, então como é que o setor cria diversificação e bancos?”, disse o diretor de estratégia da emissora de stablecoins Circle, Dante Disparte, em declarações ao Politico. “O risco, infelizmente, era ter muito poucos bancos a financiarem um setor muito grande.”

Apesar de alguns afirmarem que a queda destes bancos estava ligada à criptomoeda, o professor na Universidade de Boston e ex-examinador da Reserva do Banco Federal, Mark Williams, considera que a queda foi provavelmente uma combinação de má gestão de risco e problemas macroeconómicos.

 

Um porta-voz do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York, que fechou o Signature, disse que a decisão “não tinha nada a ver com criptomoedas”, acrescentando que o banco lidava com tudo, de vendedores de alimentos a imóveis comerciais também.

Apesar dos riscos, as criptomoedas estão a contrariar a tendência do mercado financeiro. A bitcoin alcançou esta segunda-feira, dia 20 de março, o maior valor dos últimos nove meses. De acordo com a plataforma de preços CoinMarketCap, o valor da bitcoin já cresceu quase 30% nos últimos sete dias.

 

“O Bitcoin está correlacionado com condições de liquidez e taxas reais. As taxas reais diminuíram, as condições de liquidez expandiram-se e parece que estamos a entrar num novo regime”, disse o codiretor de ativos digitais da Marex, Ilan Solot, em declarações à Bloomberg.

Fica agora no ar até quando este ‘renascimento’ vai durar.

 

 

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