A Sonae pretende antecipar em 10 anos a neutralidade carbónica de todos os seus negócios e, assim, estar uma década à frente da meta definida pela União Europeia (UE), encontrando-se já a trabalhar na redução de 54% das emissões próprias até ao final de 2029.
Esta decisão que revela o compromisso sério da Sonae com a sua política de Sustentabilidade, incorporando a prossecução de metas ambiciosas no desenvolvimento estratégico dos negócios, num contexto pandémico muito desafiante, que expõe, da pior forma, os impactos severos que uma forte crise mundial tem em toda a sociedade, sendo uma advertência do que podemos voltar a enfrentar em breve se não agirmos em prol do Ambiente no presente.
De importância estratégica para todo o grupo e contando com o empenho pessoal de Cláudia Azevedo, a CEO da Sonae afirma que “num mundo cada vez mais instável, onde os limites que asseguram o funcionamento do planeta estão gravemente ameaçados”, a responsável pelos destinos da companhia destaca que a Sonae tem a “ambição de contribuir para a resolução dos desafios ambientais mais urgentes da atualidade”.
Nesse sentido, mesmo estando a passar por uma das fases mais críticas desta pandemia, “temos o dever de continuar a lutar pelo futuro coletivo”, refere Cláudia Azevedo, adiantando ainda que, “por isso, assumimos o compromisso de antecipar em dez anos o desígnio da neutralidade carbónica porque, infelizmente, o planeta não pode esperar mais. Este compromisso com a Sustentabilidade implica uma transformação estrutural na forma de gerir as empresas, que terão impacto nos colaboradores, clientes, parceiros e demais stakeholders”.
Cláudia Azevedo termina este anúncio da Sonae, concluindo que, “acredito que a descarbonização da economia deve ser vista pelas empresas como uma oportunidade de desenvolvimento, pois abre novos caminhos de crescimento com benefícios para todos a longo prazo”.
A meta da neutralidade carbónica em 2050 foi definida pela União Europeia e subscrita por Portugal, através do Roteiro para a Neutralidade Carbónica (RNC2050), além de estar em linha com o Acordo de Paris, no qual os Estados subscritores se comprometeram a tomar ações concretas para limitar o aumento médio da temperatura mundial em 1,5ºC e, assim, preservar a viabilidade do planeta. Para tal, a Sonae tem em curso um conjunto alargado de medidas de transformação, onde se incluem, o recurso a energias de fonte renovável em todas as operações, a eletrificação das frotas e das operações logísticas e e-commerce, a compensação carbónica no caso das emissões não evitáveis, entre outras.
A decisão de atingir a neutralidade carbónica em 2040 enquadra-se na política de sustentabilidade da Sonae, nomeadamente no eixo de ação “CO2 e alterações climáticas”, e contribui para o cumprimento da sua missão de criar valor social, potenciando os benefícios do progresso e da inovação em prol da sociedade e das suas pessoas.
Um compromisso histórico e de longo prazo
Na Sonae, a proteção do Planeta é tida como estratégica, pelo que há mais de duas décadas integrou o Conselho Económico Mundial para o Desenvolvimento Sustentável. Este compromisso tem vindo a ser reforçado de forma contínua, sendo de destacar, entre muitas outras iniciativas, a integração do grupo inicial de empresas que assinaram o “Paris Pledge for Action”, iniciativa no âmbito da Cimeira do Clima de Paris (COP21) que tem como objetivo proteger o planeta das alterações climáticas, ou dos subscritores iniciais do manifesto lançado pela plataforma “Business for Nature”, que exige uma ação rápida e coletiva para proteger os recursos naturais e reverter a deterioração da natureza.
Ainda recentemente, a CEO da Sonae foi uma das promotoras do manifesto de três dezenas de presidentes executivos e representantes de multinacionais que defendem um novo modelo de crescimento europeu, baseado na circularidade, nas energias renováveis e nas indústrias de baixo carbono, declarando o seu apoio ao Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal). A declaração conjunta resultou do Grupo de Ação de CEO do Fórum Económico Mundial para o Pacto Ecológico Europeu e realça que é fundamental a cooperação entre governos, empresas e sociedade civil para a Europa se tornar na região mais sustentável, inovadora e inclusiva do mundo.
Cláudia Azevedo integra também a plataforma Champions for Nature do Fórum Económico Mundial, que tem como objetivo travar a perda de biodiversidade até 2030, liderando com Svein Tore Holsether, presidente e CEO da Yara International, o trabalho de um conjunto de multinacionais que se propõem repensar o uso da terra e dos oceanos para fins da produção agrícola, fomentando um uso mais sustentável dos recursos naturais.
A preocupação com o ambiente é, de resto, tema central para a Sonae e as suas participadas que, em conjunto com os fornecedores e parceiros, tem vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas que fomentam a criação de cadeias de abastecimento responsáveis, contribuindo para a proteção dos ecossistemas e a preservação dos recursos naturais. Paralelamente, as várias empresas Sonae têm promovido a adoção de padrões de consumo mais sustentáveis junto dos seus clientes, não só através de ações de informação e sensibilização, mas também pela disponibilização de uma maior oferta de produtos e serviços com menor pegada ecológica.
Esta preocupação e prioridade dada do tema do ambiente é destacada com uma mensagem simples, mas estratégica. “Ainda estamos a tempo: com a implementação de ações concretas e imediatas de redução da pegada ecológica, é possível parar a atual destruição do planeta e assegurar a sua sustentabilidade, deixando um melhor legado para as gerações futuras”.