O bem-estar financeiro dos consumidores agravou-se com a 2.ª vaga da pandemia de covid-19. De acordo com o “Barómetro de Bem-Estar Financeiro” da Intrum, o bem-estar financeiros dos consumidores portugueses caiu do 18.º para o 19.º lugar, em 2020. Na tabela dos 24 países analisados pela Intrum, esta descida, relacionada com a capacidade de pagar as contas, revela que os portugueses continuam a fazer muitos esforços para pagar os seus compromissos no prazo, situando-se no grupo dos três últimos da classificação dos 24 países europeus.
Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Portugal, salienta ser “evidente que as famílias em países que já sofriam de instabilidade financeira e altas taxas de desemprego, durante a pandemia pioraram em termos de saúde financeira” E se no ano que terminou a importância de se ter uma rede de segurança financeira foi enfatizada, em 2021, “é vital que as famílias tomem medidas adicionais para gerir melhor as suas finanças pessoais”, considera Luís Salvaterra.
A literacia financeira, um dos três pilares do “Barómetro de Bem Estar Financeiro”, é um dos temas que tem vindo a preocupar os portugueses e onde consideram ser necessário melhorar os seus conhecimentos. Houve uma evolução positiva de Portugal em relação a 2019, no que se refere à literacia financeira, com Portugal a passar da 14.ª posição, em 2019, para a 8.ª posição da tabela dos 24 países europeus analisados no estudo.
“Não existe uma solução milagrosa”, adianta o diretor-geral da Intrum. “Mas mesmo assim, com educação financeira e orientação tanto de instituições públicas como de empresas de serviços financeiros, os consumidores podem tomar melhores decisões no que diz respeito às finanças pessoais”, conclui Luís Salvaterra.
O Barómetro de Bem-Estar Financeiro da Intrum mede e apresenta uma pontuação agregada sobre o bem-estar financeiro dos consumidores em 24 países, conclui que Portugal, Espanha, Itália e Grécia caíram no ranking, enquanto a Alemanha mantém a sua posição de liderança em 2019, seguida pela Áustria e Estónia.