A Mercadona implementa, a partir desta segunda-feira, 4 de maio, uma nova semana de trabalho de quatro dias e três dias de descanso (incluindo domingo) em todas as suas lojas, em Espanha, enquanto durar a crise gerada pelo COVID-19, avançam os media espanhóis.
A medida, que foi testada pela primeira vez em 24 lojas, estender-se-á a partir de hoje a todos os supermercados da rede do maior retalhista alimentar espanhol, com o objetivo de reduzir o contato entre funcionários e clientes. Isto foi transmitido pela empresa para o Comitê Intercentro composto por CCOO (confederação sindical espanhola, semelhante à CGTP portuguesa) e UGT, conforme relatado pelos dois sindicatos numa declaração conjunta e confirmada por fontes da empresa.
O sistema de trabalho prevê turnos rotativos em que aproximadamente dois terços da força de trabalho de uma loja trabalham e o restante terço descansa. Essa organização continuará enquanto os efeitos da crise da saúde causada pelo COVID-19 durarem como uma “medida de natureza excecional e temporária”, afirma a empresa liderada por Juan Roig.
Assim, serão realizados grupos de trabalho, com cada grupo a descansar dois dias consecutivos, mais domingo, rodando a cada semana. Esta rotação de semanas permitirá, a cada três semanas, cinco dias de descanso seguidos.
Cada dia de trabalho terá 9 horas, 36 em média por semana, sendo que em dias que antecedem ou precedem um feriado, a jornada de trabalho poderá ir às 10 horas, devidamente agendado e se necessário.
Em nenhum caso pode ser feita uma bolsa de horas, com os horários a serem estabelecidos das 06h00 às 15h30 no turno da manhã (com 30 minutos de descanso) e das 10h00 às 19h30 no turno da tarde (com uma hora de descanso), podendo ser modificados em função da loja
Os feriados que calhem em dias de descanso serão compensados pela redução de horas que é feita semanalmente. As reduções no horário de trabalho podem entrar nessa nova modalidade de horário se voluntariamente chegarem a um acordo com o coordenador do local de trabalho.
Por sua vez, todos os trabalhadores que se adaptarem ao dia 4 + 3 terão uma redução no horário semanal. Para aqueles que, por razões de reconciliação familiar, não conseguem se adaptar até hoje, a empresa compromete-se a avaliar e encontrar soluções específicas.