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Tecnologia

IDC prevê que gastos com tecnologia digital cresçam 7 vezes mais do que economia nacional

IDC prevê que gastos com tecnologia digital cresçam 7 vezes mais do que economia nacional iStock

A International Data Corporation (IDC) antecipa que, em 2024, os gastos com tecnologia digital das organizações portuguesas cresçam sete vezes mais do que a economia, essencialmente impulsionados pela procura de modelos de negócios e mais capacidades digitais, segundo conclusões do evento IDC FutureScape – AI Trends Reshaping Digital Landscapes, em Lisboa.

A partir deste ano, a IDC prevê um crescimento de 15% ao ano entre 2022 e 2027 nos gastos com tecnologia digital, sendo a Inteligência Artificial (IA), Cloud e Cibersegurança as tecnologias que mais vão registar investimento.

 

A empresa sublinha também que “o crescimento esperado para 2024 fica abaixo de 2021 e 2022, períodos em que o investimento em transformação digital se situou em 34% e 21%, respetivamente. Porém, já no ano passado, a IDC verificou que este crescimento desacelerou para 10%”.

 

Para Gabriel Coimbra, Group Vice President e Country Manager da IDC Portugal, “apesar do contexto geopolítico e do abrandamento económico, o investimento em tecnologias digitais continua a superar em muito a performance da economia devido ao facto de ser uma das principais formas das empresas se manterem competitivas. Acrescenta o facto da indústria das tecnológicas encontrar-se num momento de grande aceleração devido a uma rápida adoção da IA Generativa, que está a fazer com que a IA passe de um elemento de software `embrionário´ para uma tecnologia de base no centro das organizações”.

De acordo com o comunicado, a IDC constata que, em Portugal, a cadeia de abastecimento de TI enfrenta os impactos causados pelas políticas globais e pela volatilidade. No entanto, ao registar-se um aumento da IA generativa, as GPUs, semicondutores e tecnologias desenvolvidas a partir de silício “tornam-se vitais”. Assim, o fornecimento limitado e a volatilidade dos componentes-chave para esta tecnologia “exigem estratégias de resiliência e diversificação nas empresas portuguesas de TI”.

 

Desafios das empresas para 2024

Segundo o comunicado, a IDC acredita que os executivos de alto escalão em Portugal terão de saber lidar com as incertezas da inflação e das taxas de juros, de forma a decidirem os gastos em TI.

 

“O desafio passa por equilibrar o investimento digital com a gestão de custos, tendo em conta estas condições voláteis. No entanto, com a crescente proliferação da tecnologia de IA generativa, os executivos de TI já estão a repensar os gastos estratégicos, migrando da contenção de custos para o investimento em IA e inovação, enquanto controlam as despesas”, refere a empresa.

Outro dos temas destacados está ligado com a definição de uma estratégia de ESG (governança ambiental, social e corporativa), que apoie na criação de um propósito e a gerar valor para os negócios.

Também a transposição da Diretiva NIS 2 para a legislação nacional é mais um desafio para Portugal, sublinha a empresa. Até 17 de outubro de 2024, Portugal tem de transpor a Diretiva NIS 2, que vai passar a abranger mais setores. A IDC prevê que esta alteração legislativa tenha impacto para as pequenas e médias empresa (PMEs), uma vez que organizações com mais de 50 funcionários ou um volume de negócios anual superior a 10 milhões de euros estarão sujeitas à diretiva, mesmo que não sejam classificadas como infraestrutura crítica.

 

 

 

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