A Herdade Maria da Guarda antecipa um bom ano de produção, melhor que no ano passado, devendo ficar nos 1,5 milhões de quilos de azeite: entre 1 e 2% da produção nacional.
O azeite produzido nesta campanha destina-se na sua totalidade à exportação, para os seus habituais mercados: Itália – o maior exportador do mundo de azeite embalado que absorve cerca de 70% da produção da HMG, Espanha – o maior produtor de azeite a nível mundial – e Estados Unidos – o mercado que mais cresce, explica a empresa em comunicado.
“Num ano marcado por um cenário pandémico mundial, especialmente difícil e com previsões incertas em todos os sectores económicos, é com satisfação que podemos antecipar na campanha que vamos iniciar na Herdade de Maria da Guarda uma boa colheita e até um pequeno aumento da produção de azeite em reação ao difícil ano que tivemos no ano passado”, afirma João Cortez de Lobão, acionista da Casa Agrícola Cortez de Lobão. “No ano passado, por termos cometido alguns erros na Herdade de Maria da Guarda, a nossa casa ficou aquém das expectativas, apesar de em Portugal se ter registado um dos melhores anos de sempre na produção. Resta agora esperar neste ano que a nossa boa produção e a de outros produtores seja acompanhada por um preço não-deprimido no azeite nos mercados internacionais e assim permitir a todos continuarmos a trabalhar para a sustentabilidade do sector em Portugal”, conclui.
O Alentejo tem vindo a reforçar o investimento no sector do olival, que em oito anos viu triplicar o seu valor, com a produção a situar-se atualmente nos 551 milhões de quilos de azeitona, o que representa cerca de 400 milhões de euros. Esta melhoria de eficiência em resultado de um constante investimento: em 2019, o investimento agrícola no Alentejo representou 655,7 milhões de euros, onde o olival soma 64,39% do total.
De acordo com um estudo desenvolvido para a Olivum – Associação de Olivicultores do Sul, o Alentejo está no “centro das atenções do mundo agrícola e liderou a atual transformação da olivicultura internacional”, tornando-se “a referência mundial no processo de modernização e de inovação da olivicultura”, o que mostra inequivocamente o potencial de crescimento.