Um mês depois da implementação das medidas de contenção do vírus Covid-19, a economia da China já está a operar a 75% da sua capacidade, devendo verificar-se um retorno gradual aos valores normais de produção até ao final de abril, segundo a Euler Hermes, acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos.
A Euler Hermes refere também, em comunicado, que “a performance económica deste país asiático será condicionada por uma demora na recuperação da confiança dos consumidores, uma vez que os volumes de transações imobiliárias permanecem ainda 70% abaixo dos níveis normais”.
De acordo com a análise, só no primeiro trimestre do ano, as medidas de contenção tomadas por Pequim tiveram um impacto no PIB de menos 3 pontos percentuais, sendo que mais de metade (-1,8 pp) devem-se à quebra no consumo privado.
Nos dois primeiros meses de 2020, o crescimento do comércio chinês foi o mais baixo desde 2016. As exportações caíram 17,2% e as importações 4,0%. A análise destaca refere, contudo, que “o impacto do Covid-19 fica bastante abaixo do provocado pela crise de 2009, quando, no espaço de apenas um mês, as exportações desaceleraram -26.5% e as importações -43.1%”.