A diretora de sustentabilidade da Coca-Cola disse no Fórum Económico Mundial, em Davos, Suíça, que a empresa não deixará de usar garrafas plásticas de “uso único”, porque os consumidores ainda as querem.
As palavras de Bea Perez confirmam as do presidente-executivo da empresa, James Quincey, que afirmou no final do ano passado que a Coca-Cola não tem planos para “uma mudança estratégica do plástico para o alumínio”.
A gigante das bebidas, que utiliza cerca de três milhões de toneladas de embalagens plásticas por ano (o equivalente a 200 mil garrafas por minuto), prometeu reciclar esse mesmo número de garrafas no ano 2030, indicando que pretende usar, pelo menos, 50% material reciclado no mesmo ano.
No seu discurso em Davos, Perez disse que a eliminação de plásticos impactaria as vendas e afastar os clientes, enquanto o uso apenas de alumínio e vidro provavelmente aumentaria a pegada de carbono da empresa.
Da mesma forma, Quincey disse à Reuters em novembro de 2019 que “uma garrafa PET reciclada tem uma pegada de carbono muito menor do que uma lata de alumínio ou uma garrafa de vidro devolvida”.
Perez, que ocupa o cargo atual na Coca-Cola desde 2011, está determinada a atingir as metas para 2030, revelando ter concordado com os pedidos da empresa para alcançá-las mais cedo.
Perez já viu um aumento acentuado na velocidade do progresso em direção às metas de sustentabilidade durante o tempo que está no cargo. Quando começou, admitiu que o progresso não era claro, mas a Coca-Cola introduziu mecanismos para medir e acompanhar as metas de cada unidade de negócios, o que acelerou o trabalho.