Afinal o mercado de retalho na China não ultrapassará o seu congénere dos EUA em 2020, segundo avançam as mais recentes análises do eMarketer, depois de ter avançado, em junho, que isso iria acontecer já este ano.
Recorde-se que na altura, o eMarketer projetava vendas superiores a cinco biliões de dólares (cerca de 4,4 biliões de euros) no retalho chinês para 2020, em comparação com os EUA que não chegariam à marca dos cinco biliões de dólares, ficando-se pelos 4,9 biliões, ou seja, 4,3 biliões de euros.
Agora, e apesar dos apelos prematuros em contrário, os EUA continuarão a ser o mercado de retalho mais lucrativo do mundo não só este ano, mas por mais por alguns anos.
Durante o auge do colapso económico causado pelo coronavírus nos EUA, ficou claro que a economia da China, provavelmente, atravessaria a sua fase recessiva mais rapidamente do que os EUA.
No entanto, este cenário não ocorreu conforme o esperado. Embora o desempenho da China venha a ser relativamente próximo da previsão inicial do eMarketer, os EUA deram a volta no que diz respeito aos gastos do consumidor.
Agora os analistas prevêem que as vendas no retalho nos EUA crescerão 0,8% este ano, atingindo 5,506 biliões de dólares (um pouco acima dos 4,5 biliões de euros), representando um aumento líquido acima de 11,2 pontos percentuais em relação à previsão de abril de um decréscimo de 10,5%.
Em contraste, o eMarketer estima, agora, que o mercado de retalho da China diminuirá 2,9% em 2020, o que equivale dizer uma queda de 5,283 biliões de dólares, em 2019, para 5,130 biliões de dólares, em 2020. Ou seja, uma quebra de 4,36 biliões de euros para 4,23 biliões de euros. Isto significa que, contra todas as probabilidades, os EUA vão ampliar a sua liderança face à China este ano, em vez de perdê-la.