Os dois grupos de concelhos de maior risco concentram 69% da população e 68% do poder de compra no país. De resto, segundo avança uma análise da Marktest aos dados do mapa de risco da covid-19, embora estes dois grupos de concelhos representem apenas 38% da área do Continente, 69% das empresas do país estão localizadas nestes territórios, sendo responsáveis por 80% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) do país e por 75% das exportações. Estes concelhos detêm ainda 71% dos hospitais, 56% dos lares e 55% dos seus utentes.
No computo geral, os concelhos que o Governo classificou como sendo os de maior risco face à evolução da pandemia representam mais de dois terços do poder de compra em Portugal Continental.
O Governo classificou os concelhos do Continente relativamente ao seu risco face à evolução da pandemia de Covid-19, tendo como base o peso que o número de novos casos da doença nos últimos 14 dias tem no total da sua população.
Os últimos dados disponíveis foram publicados no site do Governo, onde são apresentados os 4 grupos de concelhos: risco moderado (65 concelhos), risco elevado (86 concelhos), risco muito elevado (80 concelhos) e risco extremamente elevado (47 concelhos).
Os concelhos de risco extremo são Alcanena, Alfândega da Fé, Amarante, Amares, Arouca, Barcelos, Belmonte, Braga, Caminha, Castelo de Paiva, Celorico da Beira, Celorico de Basto, Cinfães, Crato, Espinho, Fafe, Felgueiras, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Gondomar, Guimarães, Lousada, Maia, Manteigas, Marco de Canaveses, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Ovar, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Portalegre, Porto, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Trofa, Vale de Cambra, Valença, Valongo, Vieira do Minho, Vila do Conde, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia e Vizela.
O mapa seguinte evidencia uma clara diferença entre o norte e o sul do país, com a maioria dos concelhos do Alentejo e Algarve no grupo de risco moderado (menos de 240 novos casos por 100 mil habitantes) e a maioria dos concelhos dos distritos de Porto, Braga e Aveiro nos grupos de maior risco (mais de 960 novos casos por 100 mil habitantes).