O trabalho nos contact centers continua a ser visto como trabalho precário. João Cardoso, CEO da Teleperformance, explicou ao Dinheiro Vivo que “sofremos imenso com esta visão. É extremamente penalizadora.”
Pedro Empis, diretor de vendas e operações na Randstad Portugal, revela à publicação que “as condições são idênticas em todos os contact center: durante a formação de seis semanas os trabalhadores recebem apenas 2 euros/hora e, depois disso, os valores ascendem a 630 euros com possibilidade de um prémio adicional até 100 euros”.
Para além da imagem de baixos salários, o setor dos contact centers continua a sofrer de elevados níveis de rotatividade e a maioria dos trabalhadores têm contratos temporários ou de curta duração.
Manuel Afonso, presidente da Mesa da Assembleia do recém-criado Sindicato de Trabalhadores de Call Centers indica também que não são apenas jovens os que trabalham nos contact centers. Para o sindicato, o ideal seria que a profissão “fosse reconhecida como profissão e de desgaste rápido, o que nos permitiria negociar contratos coletivos de trabalho, com regras sobre promoções de carreira e salariais.”