No ano de 2015 foram vendidos 1,3 mil milhões de smartphones, um crescimento de 6,4% que representa o valor mais alto de sempre, de acordo com a GfK. Apesar de as vendas de smartphones continuarem a crescer, as receitas têm vindo a decrescer e em 2015 o preço de venda médio anual caiu 0,2%. A GfK prevê que em 2016 a procura mundial de smartphones possa crescer 7%.
Segundo os dados da GfK divulgados esta semana, a China foi o mercado que mais impulsionou a procura de smartphones em 2015, seguida dos países emergentes (APAC) e o Médio Oriente e África (MEA), que se mantêm como motores importantes no crescimento do mercado dos smartphones.
Kevin Walsh, diretor de tendências e previsões da GfK, explica que “apesar de o quarto ter tido um forte desempenho em 2015, com valores recorde, no geral há resultados diferentes entre os vários países. Fatores locais, em vez de tendências regionais e setoriais, influenciam cada vez mais o desenvolvimento dos mercados. Tendências económicas divergentes, saturação de dispositivos, adoção de mercados de massas, políticas, alterações sociais e até o desporto têm um impacto na procura e preços dos smartphones nos vários países”.
Os países emergentes (APAC) registaram em 2015 um crescimento de 21% nas vendas de smartphones, com a Índia a posicionar-se como um dos principais impulsionadores, com um incremento de 34% nas vendas.
Na região do Médio Oriente e África, a procura unitária de smartphones cresceu 12 pontos percentuais, com a maioria dos países da região a registarem aumentos. Aqui, foi o Egipto que mais se destacou, com um crescimento de 27%.
Por contraste, no mercado da América Latina as vendas de smartphone voltaram a cair, registando uma quebra de 13% no quarto trimestre de 2015. De acordo com a GfK, a dinâmica de decréscimo tem sido impulsionada pelo Brasil, que no período em análise caiu 26% face ao período homólogo.
Na Europa Ocidental, por sua vez, o crescimento unitário de smartphones foi de 5% no quarto trimestre de 2015, “ajudado pelo crescimento de 61% na gama ultrabaixa”, segundo a GfK. “A região registou um acelerado crescimento global nos seus três maiores mercados: França, Alemanha e Grã-Bretanha. Já Portugal revelou ser um país em crescimento, estando alinhado com os restantes países”, indica.
Já na Europa Central, o crescimento fixou-se nos 4% face ao período homólogo, com a ajuda da Polónia que cresceu 36%.
Kevin Walsh acrescenta que “espera-se que 2016 seja mais um ano de crescimento global, uma vez que é cada vez mais importante para as empresas compreender as tendências individuais de cada país e respetivos segmentos de mercado.”