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Opinião

Transformação Digital 2.0: a próxima geração tecnológica que está a moldar o setor industrial

Nick Offin Toshiba Distribuição Hoje

Nos últimos anos, a transformação digital foi responsável por impulsionar mudanças significativas no mundo industrial. Os fabricantes já estão a adotar a digitalização através de tecnologias como o cloud computing, o 4G e computadores 2-em-1, tudo com o objetivo de oferecer mobilidade, produtividade e segurança no local de trabalho para permitir que passem da produção em massa para a produção personalizada.

De acordo com um estudo da IDC, mais de metade dos fabricantes acreditam que é altamente provável que um concorrente invista na transformação digital e obtenha vantagem competitiva nos próximos cinco anos, o que demonstra a importância das novas tecnologias no setor. No entanto, dado ao ritmo acelerado da adoção digital, existe uma clara necessidade de um método de trabalho mais confiável, mas rápido também. Para conseguir isso, os fabricantes precisam entrar na próxima fase da transformação digital: a transformação digital 2.0.

 

O caminho do 5G
A chegada do 5G vai ser fundamental para o setor fabril. O aumento da velocidade e capacidade de rede vão permitir que os fabricantes administrem mais funcionalidades inovadoras na rede e nas áreas do IoT. A partir daí teremos a convergência de múltiplas tecnologias, das quais o 5G é a que atua como catalizador, e todas elas podem ser combinadas para revolucionar ainda mais o processo de fabrico. O IoT, a Inteligência Artificial, a Realidade Virtual e Assistida e as soluções de mobile edge computing, para citar apenas alguns exemplos, fornecem uma plataforma mais forte de adoção para a chegada iminente do 5G à esfera comercial.

O mobile edge computing em si pode desempenhar um papel importante nesta era de mobilidade sem precedentes, especialmente em setores como o fabril onde uma proporção significativa da força de trabalho desempenha funções em fábricas localizadas em diversos locais. Este reduz a tensão operacional e a latência ao processar os dados mais críticos próximo da sua origem, algo que já é inestimável nesta era cada vez mais móvel, e deve tornar-se ainda mais à medida que a proliferação de dados continua a aumentar de forma extraordinária. Também pode permitir que as soluções recolham e distribuam informações importantes em áreas remotas onde a conectividade de rede é inconsistente ou não é rentável. Não é surpresa então que, até 2022, a IDC espera que mais de 40% das implementações de cloud nas empresas incluam edge computing.

 

Com a capacidade de disponibilizar computação de alto desempenho a partir de qualquer local, o mobile edge computing pode atuar como porta de entrada para as soluções de IoT serem usadas em todo o setor industrial. Da mesma forma que os computadores e smartphones criaram um novo ambiente para os funcionários de escritório, o mobile edge computing fará o mesmo para os funcionários da linha de frente.

Um exemplo disto são os smartglasses de realidade assistida, que já chegaram em alguns casos a ajudar os trabalhadores de campo e de fábrica a desempenhar melhor as tarefas diárias e aumentar a eficácia na produção. Por exemplo, na unidade de produção, os smartglasses podem permitir que os funcionários concluam as tarefas ao aceder a especificações detalhadas ou instruções em tempo real, o que garante maior precisão no fabrico, redução de erros e cria um processo geral mais eficaz.

 

A segurança é uma prioridade contínua
A oportunidade desta nova onda tecnológica também aumenta o desafio de manter a segurança do perímetro da rede em que está em constante expansão. Os cibercriminosos estão a evoluir e sofisticar os seus métodos de capitalizar potenciais pontos fracos nas infraestruturas de TI. Uma investigação da Sonic Wall revelou um aumento anual de 275% no número de variantes de ransomware no ano passado. A segurança deve, portanto, continuar a ser uma prioridade para os líderes de TI na indústria à medida que eles procuram proteger os dados.

Os fabricantes podem proteger os seus dados com recurso a soluções como o mobile edge computing, que permite que a comunicação de dados seja localmente encriptada e traduzida por um protocolo de comunicação antes de ser enviado para a rede central da empresa através da cloud. No entanto, independentemente das soluções de segurança implementadas, nenhuma infraestrutura de TI é completamente segura, a menos que a equipa seja treinada para entender as ameaças em evolução no ambiente de trabalho, bem como as medidas que podem ser tomadas para minimizar os riscos.

 

Independentemente disto, estas tecnologias podem ser combinadas para transformar completamente o setor industrial. Portanto, sendo a segurança sempre uma prioridade, é importante adotar novas tecnologias para se permanecer relevante num setor altamente competitivo e preparar o caminho para novos níveis de mobilidade e produtividade organizacional que o 5G, o IoT e o mobile edge computing podem oferecer.

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