O perfil das startups portuguesas está em mutação, com cada vez mais iniciativas individuais, empresas de menor dimensão e vontade de apostar nos mercados internacionais. Quem o diz é a Informa D&B, que publicou recentemente um estudo que traça um retrato da evolução das startups nacionais nos últimos dez anos.
Segundo o estudo, desde o ano de 2008 que as startups portuguesas têm vindo a reforçar o seu perfil exportador, mas em 2015 a percentagem de empresas que exportam logo no primeiro ano de vida (11,6%) ultrapassou pela primeira vez a percentagem de empresas que vendem para o estrangeiro em todo o tecido empresarial (11,1%). Para além disso, ficamos a saber que para as startups que apostam na exportação, os mercados externos representam mais de metade da faturação.
Empresas jovens são quase um terço do tecido empresarial
De acordo com a Informa D&B, o tecido empresarial nacional tem apresentado nos últimos anos sinais de rejuvenescimento, com as empresas com até cinco anos de vida a representarem, no final de 2015, quase um terço de todas as empresas nacionais.
Estas empresas são o segundo grupo mais relevante em número e contribuíram, em 2015, com 9,1% do volume de negócios e com 16% do emprego do universo empresarial.
Destaque ainda para os setores onde mais nascem empresas, que continuam a ser Serviços e Retalho. O Alojamento e Restauração passam do quinto para o terceiro lugar entre os setores onde nascem mais empresas.
Importa ainda referir que, pela primeira vez no tecido empresarial português foram constituídas mais de mil novas empresas tecnológicas (1032) num período de 12 meses (Abril’16-Mar’17), destacando-se as atividades de consultoria informática e as atividades de programação informática.