O setor do luxo está a demonstrar a sua resiliência e, nos primeiros seis meses de 2022, exibiu um comportamento considerado positivo, voltando a níveis próximos do pré-pandemia.
Segundo comunicado da Salesland e da Increnta, porém, o setor enfrenta novos desafios aos quais as marcas terão de responder para assumirem posições de conforto no ‘desenho’ de consumo.
Ariel Alonso, Diretor de Salesland para a América Latina, destaca a recuperação durante os últimos meses. Neste sentido, considera que “durante os últimos meses, a indústria do luxo tem-se destacado pela sua recuperação, que tem sido mais rápida do que o esperado, ultrapassando mesmo alguns setores de consumo doméstico”.
“Segundo dados publicados pela EAE Business School, este setor, com a China e os EUA a dominarem, tem recuperado a um ritmo bastante acelerado. As estimativas apontam que nos próximos meses, serão atingidos os níveis pré-pandemia, cerca de 300 mil milhões de euros a nível global”, explica-se em comunicado.
Confira alguns dos pontos destacados no planeamento de uma estratégia de sucesso.
- Omnichannel:Tendo em conta que, para o negócio do luxo, a experiência na loja e o atendimento físico ao cliente são dois dos seus pilares de referência, torna-se ainda mais evidente a necessidade de implementar formatos comerciais híbridos que liguem os ambientes físico e digital.
- Digitalização do luxo: Atualmente, 45% das vendas de luxo são influenciadas por ações digitais. Neste sentido, os canais e formatos digitais estão a ganhar terreno, não só no setor do luxo, mas no mercado retalhista em geral. O Instagram e o TikTok são algumas das plataformas mais utilizadas no que diz respeito à presença digital de uma marca.
- A imposição de novos mercados: Nos últimos anos, a proliferação de novos mercados, tais como a China, começou a ser evidente. Um país que tem vindo a crescer e a expandir-se de tal forma que, até 2025, espera-se que a China represente um volume de negócios próximo de metade do consumo total de luxo global.
- Valores para fidelizar o cliente: Atualmente, os consumidores valorizam muito mais do que o próprio produto representa ou o serviço em si. A sua filosofia, valores e modelo de negócio são características que foram impostas no processo de seleção do cliente. Sustentabilidade ambiental, inclusão, cruelty-free brands (sem testes em animais), etc., são alguns dos valores que os consumidores de marcas de luxo mais valorizam.
- Procura crescente de gerações: Para além das alterações nos formatos, territórios e outros elementos, também se tem verificado uma mudança geracional dos consumidores de marcas de luxo. Exemplo disso é a crescente procura por parte das gerações Z e Y, que representam 35% das vendas nos próximos 5 anos.