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Retalho: inteligência artificial terá papel crucial no futuro do setor

tecnologia no retalho

Tecnologias como realidade virtual e inteligência artificial têm vindo, pouco a pouco, a penetrar no setor do retalho, por um lado para facilitar e agilizar processos dos retalhistas, por outro, para otimizar a experiência de compra. No entanto, segundo os especialistas, 2017 será o ano em que a inteligência artificial realmente impactará a forma como compramos e, sobretudo, a forma como os retalhistas nos ‘atraem’.

Um artigo recentemente publicado pelo Financial Times refere que a sofisticação que a inteligência artificial atingiu nestes últimos anos ajudará os retalhistas em três principais vetores: recomendações personalizadas com base nas preferências dos consumidores, chatbots para facilitar a navegação pelos sites de e-commerce e nas lojas físicas (sim, essas com morte anunciada há anos) e, por fim, na capacidade dos websites para se moldarem ao comportamento do consumidor durante a navegação e, assim, tornarem-se mais apelativos.

Na verdade, esta tecnologia tem vindo a amadurecer ao mesmo tempo que os retalhistas tentam encontrar formas de se manterem relevantes nos seus canais físicos e estratégias para criar sites de e-commerce que respondam às principais necessidades dos seus clientes.

“À medida que a concorrência da Amazon se torna cada vez mais forte, há cada vez mais retalhistas a depositarem esperanças na inteligência artificial e nos seus websites como fatores diferenciadores. Desde o discounter Target a marcas como a The North Face e Skechers, várias companhias esperam que a inteligência artificial possa tornar-se numa arma eficaz na batalha das vendas”, refere o jornal económico.

Andy Narayanan, vice-presidente da Sentient, uma startup que oferece soluções de inteligência artificial para retalhistas, explica ao Financial Times que “o e-commerce não evoluiu muito na última década e as taxas de conversão estagnaram. Agora deixamos que a inteligência artificial apresente o produto que os shoppers querem e se fizermos isto, já é um nível de personalização que não víamos há muito tempo.”

Por outro lado, sabemos que os algoritmos desenvolvidos pelas tecnológicas e o big data vieram potenciar o desenvolvimento de insights que até então dependiam quase exclusivamente de intuição e expertise humana. A principal vantagem? A possibilidade que isto traz de criar no online uma experiência muito semelhante aquela que obtemos nas lojas físicas.  E de acordo com um estudo da Sonar, é mesmo isso que os consumidores querem.

Como explica a Forbes, há cada vez mais consumidores interessados no potencial da inteligência artificial para mudar a sua experiência de compra: 70% dos millennials norte-americanos e 62% dos millennials britânicos gostavam que as marcas ou retalhistas recorressem a esta tecnologia para lhes mostrar os produtos que potencialmente lhes podem interessar e outros tantos acreditam que em breve o retalhista será capaz de prever o que estes quererão comprar.

É um facto: nos próximos anos a inteligência artificial conseguirá suplantar a intuição humana e os retalhistas que ainda não acordaram para esta realidade irão perder o ‘comboio’ e ficar para trás.

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