Um estudo divulgado pela Randstad sobre o mercado de trabalho, no seu já habitual relatório Workmonitor, mostra que a grande maioria dos profissionais está disponível e deseja voltar ao local de trabalho.
Segundo o divulgado, “os mais recentes resultados contrastam com o que era sentido em 2020 em que havia uma clara preferência em trabalhar remotamente. Atualmente, 77% dos trabalhadores que estão a trabalhar remotamente em Portugal querem regressar ao local de trabalho”.
Esta não é, contudo, uma tendência em que os portugueses estão sozinhos, isto porque os resultados se mantêm se olharmos para os resultados globais (78%) ou da Europa (77%).
Entre as razões para voltar ao local de trabalho por parte dos portugueses, destacam-se as saudades de interação com os colegas (61%), as dificuldade em manter o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (39%) e trabalhadores que se sentem sozinhos ou isolados (29%). O facto de ter as crianças em casa e, também, a instável ligação de internet, são apresentados como quartos e quintos resultados (24% e 18%, respetivamente).
“Em relação à produtividade não a consideram afetada nem positiva nem negativamente por estarem a trabalhar de casa. A opinião já varia se olharmos para a geração Z (18-24 anos) em que 30% considera que a produtividade foi afetada negativamente porque estão com mais stress e em sentido inverso os millenial (25-34 anos) em que 43% considera mesmo que a produtividade foi afetada de forma positiva por estarem a trabalhar remotamente”.
Expetativas na dinâmica do mercado de trabalho também crescem
Se a vontade de regressar ao trabalho é clara, a maioria dos inquiridos também se revelou confiante relativamente às dinâmicas do mercado de trabalho. “54% dos inquiridos está confiante de que mais oportunidades de emprego estarão disponíveis no final do ano. No entanto, a região do sul da Europa, onde Portugal está incluído, é a menos confiante entre as que foram analisadas, com apenas 43% dos inquiridos a mostrarem-se confiantes”.
Relativamente ao apoio sentido por parte dos trabalhadores relativamente às suas condições de trabalho, “a grande maioria dos colaboradores disse que se sentiu apoiado e que poderia contar com a respetiva empresa para orientação e assistência. Aliás, a experiência no atual empregador e na forma como este geriu a pandemia, leva a que os inquiridos em Portugal estejam motivados para: 51% – ficar na empresa atual por mais tempo (Europa 55%, Global 52%); 31% – trabalhar mais e ser mais produtivo; 21% – escrever recomendações positivas sobre a empresa”.
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